A forma de trabalho de um moinho pode ter mudado ao longo do último século, mas entrar pelas portas da primeira estrutura de grandes proporções de Joinville não deixa de ser uma viagem no tempo. Para elaborar o laudo que recomenda o tombamento do Moinho, a comissão visitou o interior da construção centenária quando esta ainda estava em plena atividade.
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A sensação foi voltar à imagem que se tem da Revolução Industrial. Entre alguns maquinários modernos, resistem os de origem alemã que acompanharam a indústria desde os primeiros anos de criação, além de outros elementos que remetem a sua fundação.
– O sistema de prevenção a incêndios e o alarme, que era modelo na época (não tinha nada assim na cidade) ainda estão lá. Não são usados porque já foram modernizados, mas ainda estão lá – afirma o historiador Dilney Cunha.
A arquitetura, um dos principais argumentos para a preservação do Moinho, também guarda surpresas:
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– Há trechos em que ainda existe o assoalho de madeira, com características do início da construção. Mas muito se descaracterizou, claro – observa Bruno da Silva, que integra a comissão pericial com Dilney e outros três especialistas.