A fuga do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato continua rendendo denúncias na Justiça brasileira. O Ministério Público Federal em Lages, na Serra de Santa Catarina, denunciou o ex-diretor à Justiça Federal na semana passada por falsidade ideológica ao ter fraudado o documento de seu irmão, falecido em 1978.

Continua depois da publicidade

:: Leia também

Ao ser preso, Pizzolato tinha 15 mil euros e passaporte falso

Polícia Federal indicia Henrique Pizzolato em nove crimes cometidos no Brasil

Continua depois da publicidade

No documento, encaminhado à Justiça Federal na última quinta-feira, o MPF pede ainda a prisão preventiva de Pizzolato por meio do tratado de cooperação judiciária que o Brasil mantém com a Itália.

Na denúncia feita pelo procurador da República Nazareno Jorgealém Wolff são descritos os locais, as datas e o modo pelo qual Pizzolato conseguiu recriar os documentos de seu falecido irmão. Com os documentos falsos, Pizzolato obteve o passaporte italiano que lhe permitiu fugir do Brasil e ingressar na Itália após sua condenação no mensalão.

O ex-diretor é acusado de ter praticado o crime sete vezes e ainda ter utilizado estes documentos ao menos doze vezes nos Estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.

Continua depois da publicidade

Graças à decisão da Justiça italiana que rejeitou o pedido de extradição do ex-diretor ao Brasil, Pizzolato está livre naquele país. O procurador também apresentou representação à Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro por sete crimes eleitorais que teriam sido cometidos naquele Estado pelo ex-diretor do Banco do Brasil. O pedido vai ser apreciado pela juíza federal em Lages, Giovana Cortez.

Justiça italiana adiou decisão sobre extradição de Pizzolato

Penitenciárias de Santa Catarina poderiam ser destino de Henrique Pizzolato

Passaporte com dados do irmão falecido usado para deixar o Brasil. Foto: Interpol / Divulgação

:: A fuga de Pizzolato