Os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego liberaram, no último dia 8, a retomada da produção no setor da fundição Tupy onde uma pessoa morreu e três ficaram feridas após a explosão de um forno no dia 4 de setembro.
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:: Auditores fiscais entregam lista de adequações à fundição Tupy
A empresa cumpriu todas as adequações, segundo o MTE, mas a causa da explosão permanece desconhecida. Por este motivo, os fiscais mantiveram a proibição da atividade que culminou com a explosão – o esvaziamento e retirada do forno, que ocorre aproximadamente de seis em seis meses, segundo o fiscal.
Sabe-se que a explosão aconteceu durante a manutenção, no momento em que o forno vazador estava sendo inclinado para retirada do metal líquido. O MTE aguarda o término da investigação interna da Tupy que apontará o motivo da explosão.
De acordo com o auditor fiscal do trabalho, Ricardo Bessa Albuquerque, não há prazo para que a empresa apresente os resultados, no entanto, quanto mais cedo isto acontecer, mais cedo conseguirá liberar a interdição do procedimento em toda a fábrica, explicou Bessa.
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Ainda segundo o auditor fiscal, o funcionário que morreu não usava equipamento de proteção, ou seja, a roupa especial que protege de queimaduras e radiação térmica (a propagação do calor) e também não manipulava o forno.
– O funcionário que morreu orientava o processo, não era o forneiro, era o supervisor – afirma.
Mais segurança
De acordo com o MTE, a linha foi desativada e a operação incorporada a outra linha, só que, desta vez, com novas medidas de segurança. As principais são a colocação de uma barreira para proteger o forneiro na hora de realizar as medições frequentes, e a ampliação da área de isolamento, além de melhorias no processo.
– Eles não tinham um procedimento detalhado para retirada do forno – esclareceu.
As adequações também serão estendidas a outras linhas produtivas. O MTE aguarda o cronograma de implantação das medidas.
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Além de atuar especificamente no local do acidente, o MTE também iniciou uma investigação em setembro, com prazo de quatro meses para encerramento, com o objetivo de apurar se o processo produtivo da Tupy apresenta as tecnologias mais modernas de segurança disponíveis no mercado.
O MTE quer que a empresa tente automatizar o máximo possível as funções realizadas perto dos fornos, explicou o auditor.
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