Após a repercussão na internet sobre as supostas semelhanças entre a jaraguaense Emili Miranda Anacleto, de três anos, desaparecida desde maio de 2014, e uma garota encontrada morta nos Estados Unidos no começo deste mês, a dúvida está prestes a ser solucionada. Agentes da Delegacia de Desaparecidos de Santa Catarina, da Grande Florianópolis, chegam nesta quarta-feira a Jaraguá do Sul, com um representante da embaixada norte-americana.

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O objetivo é recolher o material genético da mãe de Emili, Josenilda Miranda, para realizar um teste de DNA nos EUA. Serão comparados os materiais genéticos de Josenilda e da garota encontrada morta em uma praia do Porto de Boston, no Estado de Masschusetts.

A iniciativa de realizar o exame partiu da Delegacia de Desaparecidos de SC. Segundo o delegado responsável, Wanderlei Redondo, nenhuma hipótese pode ser descartada.

Para a família materna, a garota não é Emili. A reconstituição do rosto da menina norte-americana foi apresentada a Josenilda e parentes depois de um pedido da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Jaraguá do Sul.

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– Cada detalhe daquela reconstituição não parece com a minha filha. Não consegui encontrar nenhuma semelhança – afirma Josenilda.

A esperança é o que faz Josenilda seguir em frente. Ela afirma que o seu coração de mãe diz que a filha está viva. Ela deseja dar um fim ao que considera ser uma especulação, por isso também pediu o teste de DNA para a DPCAMI.

– Quero provar que a garota morta não é a minha filha. É duro aceitar. Tento me preparar para o pior, mas acredito que Emili está com alguém em algum lugar – ressalta a mãe.

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Comentários nas redes sociais

No começo de julho, o Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (National Center for Missing & Exploited Children, em inglês) divulgou, nas redes sociais, a imagem da reconstituição do rosto da menina encontrada amarrada e enrolada em um saco de lixo, já em estado de decomposição, na praia do Porto de Boston. Brasileiros que estão no país apontaram semelhanças.

A delegada Milena de Fátima Rosa, de Jaraguá do Sul, afirma que peritos analisaram imagens das duas meninas.

– A idade não bate – uma tem três e outra deve ter quatro anos – a cor da pele e do cabelo é diferente, o tamanho da testa, que se mantém o mesmo ao longo da vida, também é diferente – afirma Milena.

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Relembre o caso

Emili Miranda Anacleto, na época com três anos, foi levada pelo pai, Alexandre Anacleto, 31 anos, durante uma visita assistida na casa da mãe da menina, em Jaraguá do Sul, no dia 21 de maio de 2014. Três dias depois do sumiço da criança, Alexandre foi encontrado queimado junto ao carro na praia de Itajuba, em Barra Velha.

Desde então, o desaparecimento vem sendo investigado.