A semelhança entre a jaraguaense Emili Mirando Anacleto, que está desaparecida desde maio do ano passado, com uma menina encontrada morta dentro de um saco de lixo há duas semanas nos Estados Unidos mobilizou os internautas. No entanto, a delegada responsável pelo caso, Milena de Fátima Rosa, descartou que a garota encontrada seja Emili por causa da diferença de idade e de características físicas entre as meninas.

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Segundo a delegada da Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente Mulher e Idoso (DPCAMI) de Jaraguá do Sul, duas moradoras dos Estados Unidos entraram em contato para avisar sobre o corpo encontrado, já em estado decomposição, na praia do Porto de Boston, no estado Massachusetts. Ao observar a imagem da reconstituição do rosto da menina, que foi divulgada pelo Centro Nacional de Crianças Desaparecida e Exploradas (National Center for Missing & Exploited Children em inglês) e publicada nas redes sociais pela Polícia de Massachusetts, as características físicas não batem, afirma a delegada Milena.

– É possível notar a diferença da boca, do nariz, dos olhos e da cor da pele por meio da reconstituição gráfica da garota encontrada. A menina encontrada tem cerca de quatro anos e a Emili completou três no mês passado – destaca Milena.

Além disso, Milena afirma que no intervalo do desaparecimento de Emili, o cabelo não chegaria ao comprimento do da menina encontrada nos Estados Unidos. A delegada Milena solicitou que a mãe de Emili, Josenilda Miranda, de 22 anos, veja a imagem para dar seu parecer.

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– Se a familiar achar que devemos investigar mais a fundo, entraremos em contato com as autoridades norte-americanas – destaca.

Para a delegada, a interação da comunidade com o caso Emili foi comovente. Ela afirma ter certeza de que a comunidade está tão envolvia no caso quanto à polícia que o investiga. Milena destaca a importância de compartilhar as imagens para solucionar os dois casos, tanto o brasileiro quanto o norte-americano.

Relembre o caso

Emili Miranda Anacleto, de dois anos, foi levada pelo pai, Alexandre Anacleto, de 31 anos, durante uma visita assistida na casa da mãe da menina, em Jaraguá do Sul, no dia 21 de maio de 2014. Três dias depois do sumiço da criança, Alexandre foi encontrado queimado junto ao seu carro na praia de Itajuba, em Barra Velha. Desde então, o desaparecimento de Emili tem sido investigado.

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