Numa segunda fase de negociação, maricultores da região da Tapera, no Sul de Florianópolis, pedem mais dinheiro para as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) para ressarcir os prejuízos da produção de mariscos, ostras e bergiões parada desde janeiro, quando uma área marinha de 730 hectares foi embargada pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fatma) por causa do vazamento de 12 mil litros de óleo de uma subestação elétrica abandonada.

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Uma primeira etapa de indenizações já foi paga em fevereiro deste ano, quando a companhia desembolsou pouco mais de R$ 1,5 milhão para minimizar os prejuízos de dois meses de 25 maricultores e 62 catadores de berbigão.

Nesta segunda fase, a Secretaria Estadual de Agricultura e Pesca deverá estabelecer novamente os valores perdidos, que podem juntar, além da produção, o preço dos equipamentos que foram danificados por ainda estarem no mar.

O presidente da Associação de Aquicultores e Maricultores de Santa Catarina, Antônio Mello, deve discutir o assunto junto com a diretoria da associação por volta das 14h30 desta quarta-feira.

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Já a Secretaria de Agricultura, irá reunir os produtores por volta das 16h para repassar alguns valores. O secretário João Rodrigues destacou que alguns maricultores já foram procurá-lo em busca da indenização total da produção, o que não será estabelecido, a princípio, na negociação. O que vai ser priorizado será a perda mês a mês.

-Os maricultores estão pedindo os valores a mais. A indenização total. O que não é certo. Não foi perdida toda a produção. Só atrasou a safra. Os maricultores não são obrigados a aceitar. Eles vão avaliar se aceitam ou não-, esclarece.

Se parte dos produtores aceitar mais esta rodada de indenização, os valores deverão constar num relatório que deverá ser encaminhado à Celesc ainda este mês. A companhia só irá se manifestar sobre o pagamento ou não após dos números solicitados. Ainda não há prazo para uma definição final.

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Os maricultores que não aceitaram a primeira fase de indenizações já estão buscando a Justiça a recuperação das perdas. Pelos menos 18 ações estão abertas contra a Celesc por danos materiais por causa do vazamento de óleo na Tapera.