Depois de uma reunião que durou mais de nove horas nesta terça-feira, o Conselho de Administração da Petrobras debateu o aumento da gasolina, mas não definiu quando acontecerá e qual será o reajuste.

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No entanto, segundo o jornal Folha de S. Paulo, a empresa teria recebido já o aval do ministro da Fazenda Guido Mantega, presidente do conselho de administração da empresa, para reajustar os combustíveis, conforme informou uma pessoa próxima à alta administração da empresa. Em reunião com conselheiros, Mantega teria pedido à empresa que o valor não fosse divulgado ainda.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, fez uma apresentação, durante reunião em Brasília, em que mostrava projeções com o percentual de 8% de reajuste. Mas esse índice dificilmente será empregado. A expectativa é de que o reajuste seja de 5%, mas o número não foi fechado na reunião. A decisão final ficará na mão da diretoria.

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– Aumento da gasolina não se anuncia, pratica-se – afirmou Graça Foster no fim da reunião, que começou por volta das 9h30min desta terça-feira.

Pelo estatuto da Petrobras, a decisão pelo reajuste dos combustíveis é da diretoria executiva da empresa, liderada pela presidente Graça Foster. Na prática, porém, o aumento é negociado junto ao governo, uma vez que a concessão do aumenta traz impactos inflacionários e depois a proposta é apresentada aos conselheiros.

De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobras, qualquer decisão sobre preços de combustíveis cabe à diretoria executiva da empresa, comandada por Graça Foster. O Conselho de Administração reúne-se apenas para definir políticas e diretrizes para a estatal. Dessa forma, mesmo que o conselho tenha decidido a favor do aumento da gasolina, a definição e a divulgação do valor do reajuste podem demorar vários dias.

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Neste ano, os combustíveis permaneceram a maior parte do tempo com preço abaixo da cotação internacional, chegando, em alguns casos, a uma defasagem de 20%. Com a queda no preço mundial do petróleo, da faixa de US$ 100 para US$ 85 o barril, no último mês, a perda diária da Petrobras praticamente deixou de existir.

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Até a semana passada, último dado disponível, a gasolina estava 1% mais cara no Brasil do que no Exterior. Já o diesel tinha defasagem de 4,5%. Apesar da menor defasagem, analistas dizem que o reajuste é necessário para recompor parcialmente as perdas de caixa dos últimos anos.

O último aumento dos combustíveis foi anunciado em 29 de novembro do ano passado, quando a Petrobras elevou o preço da gasolina nas refinarias em 4% e do diesel em 8%.

*ZERO HORA com agências