A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou nesta terça a prisão de mais um policial militar suspeito de participar da chacina de Osasco e Barueri, em agosto. Ele foi preso no último final de semana e não teve a identidade revelada. De acordo com a secretaria, o PM “foi preso preventivamente acusado de coação a testemunha nas investigações sobre os crimes de Osasco e Barueri”.

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No dia 13 de agosto, uma série de assassinatos deixou 19 mortos nas cidades de Osasco e Barueri, região oeste da Grande São Paulo. Uma semana após os crimes, um policial militar, reconhecido pessoalmente por um sobrevivente da chacina, foi preso. No dia 8 de outubro, uma operação conjunta das polícias prendeu mais cinco policiais, além do coordenador da Guarda Civil Metropolitana de Barueri. Até agora, foram presos oito agentes de segurança acusados de participar da chacina: sete PMs e um guarda civil.

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A principal hipótese das investigações é a de que a chacina tenha sido cometida por policiais, como vingança pela morte do PM Avenilson Pereira de Oliveira, ocorrida no dia 7 de agosto, em Osasco. Há ainda a possibilidade de que os homicídios sejam um revide à morte de um guarda civil metropolitano, no dia 12 de agosto, em Barueri.

Na última sexta-feira, uma testemunha de chacinas com envolvimento de policiais militares na Grande São Paulo, que vinha colaborando com as investigações desses crimes, foi assassinada em Osasco. David Sabino de Oliveira Filho, 32 anos, foi morto por volta das 10h30min, por disparos de armas de fogo, na Avenida João de Andrade, no Jardim Roberto, em Osasco. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a morte é investigada pelo Setor de Homicídios da Polícia Civil de Osasco.

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De acordo com o órgão, Oliveira Filho forneceu informações sobre mortes em série ocorridas nas cidades de Osasco e Carapicuíba nos anos de 2012 e 2013, que resultou em cinco prisões preventivas e na identificação de um sexto suspeito, que está foragido.

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A secretaria informou que a vítima foi convidada diversas vezes para participar do Programa de Proteção à Testemunha, mas sempre negou.

*Agência Brasil