Mães e familiares se reúnem em frente ao Teatro Carlos Gomes para a Hora do Mamaço em Blumenau

Ao som de música clássica, cerca de 40 mães e seus filhos curtiram à vontade a manhã do sábado no jardim do Teatro Carlos Gomes, em Blumenau. Elas não estavam ali por acaso. Faziam parte da mobilização nacional Hora do Mamaço para fortalecer o direto à amamentação em qualquer lugar. Na terceira edição do evento criado pela organização comunitária brasileira Aleitamento Materno Solidário (AMS), famílias mostraram que amamentar não é apenas alimentação, mas um elo de amor entre mãe e filho que é fortalecido durante os primeiros anos da criança.

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A menina de 1 ano e 2 meses, Ingrid Pietra Klitzke, e a mãe Elizete Vaz, 38 anos, têm esse encontro, que é só delas, a todo o momento. Elizete abriu mão do emprego para amamentar a filha até os dois anos. E não é apenas a pequena que se beneficia deste alimento natural, mas outras crianças. A mãe doa o leite materno para o banco de leite de Blumenau desde que o terceiro filho nasceu:

– Adoro amamentar. Enquanto eu tiver leite, vou amamentar e doar.

Para a representante do Aleitamento Materno Solidário (AMS) em Blumenau, Gerusa da Silva Horácio, 32 anos, amamentar em qualquer espaço é antes de tudo uma demonstração de respeito pelo ser humano.

– Amamentação não é só leite, é o carinho, o afeto e faz parte da relação da mãe e do filho. Mas as pessoas não conseguem ter a empatia que esse momento é tão necessário para o bebê – comenta ela.

O evento não contou apenas com mães e filhos, mas pais que acompanham cada passo do crescimento das crianças. O casal Elenir Roepke Guessner, 27 anos e Ricardo Guessner, 30 anos, entende desde que a filha Ariella nasceu a importância da amamentação. A menina de 1 ano nasceu prematura e precisou de leite materno doado no berçário:

– Nós precisamos e sabemos que outras crianças precisam. Quando ela nasceu, vínhamos uma vez por dia para Blumenau, onde ela estava internada, para minha esposa amamentar. Mas nos outros momentos em que não estávamos presentes ela bebeu leite de doadoras no hospital – comentou o pai de Ariella.

O evento durou cerca de duas horas. No ano passado, o evento reuniu apenas nove mães. A representante da AMS, Gerusa, comemorou o número de mães que vieram se encontrar para amamentar e trocar ideias sobre a maternidade: