O último ato público de Lula em Santa Catarina ocorreu na noite deste domingo na Praça Walnir Bottaro Daniel, no centro de São Miguel do Oeste. Desde cedo o local recebeu centenas de militantes do PT e também de manifestantes contrários a Lula. Diferentemente de Chapecó, porém, desta vez a Polícia Militar manteve uma área maior de distância entre os dois grupos e usou inclusive a cavalaria para garantir o isolamento e a tranquilidade do evento.
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Novamente lideranças políticas do partido, como os deputados federais Décio Lima e Pedro Uczai, os deputados estaduais Ana Paula Lima, Luciane Carminatti e Padre Pedro Baldissera, o ex-deputado Cláudio Vignatti e a ex-senadora Ideli Salvatti subiram ao palco e se revezaram em breves discursos e saudações.
O momento mais tenso foi quando a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, falava e os moradores de uma residência ao lado do palco atiraram ovos. Ela afirmou que novos boletins de ocorrência devem ser registrados.
Lula começou a falar por volta de 20h, em discurso de pouco mais de 20 minutos semelhante aos outros que fez na passagem por Florianópolis, Chapecó e Nova Erechim. Falou de investimentos que os governos do PT fez na educação e destacou a importância da agricultura familiar. Citou Judiciário, Polícia Federal e imprensa ao comentar sua condenação.
— Se eles provarem um crime que eu cometi, eu peço desculpas a vocês. Não querem que eu seja candidato. Querem me derrotar? Me enfrentem nas urnas, vençam e eu fico quieto — declarou.
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Disse que embora não seja candidato porque ainda não houve convenção do PT, quer ser candidato para mostrar “quem sabe cuidar melhor das mulheres, das crianças e dos pobres”:
— Quero que eles entendam que eu não sou o problema desse país, eu sou a solução.
Encerrou o discurso e o ato se dizendo feliz pela recepção dos militantes, mas triste pelas agressões sofridas pela caravana. Informou ainda a sequência da viagem pelo Paraná, a partir desta segunda-feira, com encerramento na quarta, em Curitiba.