Mesmo chateado com a derrota de 2 a 0 para o JEC em casa, o técnico Luizinho Vieira, do Criciúma, não abaixa a cabeça. Apesar de o Tigre estar na lanterna do Hexagonal e ter pouquíssimas chances de classificação para a decisão do Campeonato Catarinense, o treinador valoriza o projeto do clube.

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::: JEC vence o Criciúma e assume a vice-liderança do Hexagonal

::: Diretor do Tigre faz gestos obscenos para a torcida, que se revolta

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::: Confira a tabela de classificação do Hexagonal

– O JEC jogou melhor, mereceu vencer a partida. A equipe tentou, lutou, dentro dos nossos limites. O primeiro tempo foi equilibrado, tivemos chance de sair com o placar empatado. Mas temos que reconhecer que o Joinville jogou melhor – avaliou.

Sobre o protesto da torcida, que começou com vaias e xingamentos no segundo tempo e se intensificou quando o executivo de futebol, Raimundo Queiroz, respondeu do camarote com gestos obscenos, Luizinho aponta que o torcedor está no seu direito.

– O torcedor tem que fazer suas cobranças, tem todo o direito. Acho que a gente tem que ter consciência de tudo que foi feito até então, não jogar tudo por terra. Foi colocado antes de começar a competição que o projeto seria dessa maneira, com poucas aquisições. Com a meta de classificar para o Hexagonal, que a gente conseguiu, de fazer uma boa Copa do Brasil, que a gente conseguiu – valorizou.

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Ainda assim, o técnico do Criciúma lamenta a falta de visão de futuro que resulta nas intensas cobranças em cima do grupo, que poderia resultar em uma montagem de equipe mais forte em longo prazo. A gente está dentro da estratégia da base, pra conseguir bons atletas. Temos atletas sendo observados. Agora temos que ter paciência e fazer um bom jogo no sábado.

– A gente tem um grupo muito jovem. O torcedor faz sua cobrança, ao natural, mas é uma pena que o torcedor não acredite no projeto. É o preço que se paga por isso, mas queria deixar claro para o torcedor que temos bons valores. Não adianta achar que está tudo errado. Dos 20 relacionados hoje, a gente tinha 15 da base. De repente daqui a dois ou três anos, estaríamos com a base montada, com jogadores diferentes que também vão chegar para o Campeonato Brasileiro. Mas é uma pena. Uma pena mesmo. Faço monitoramento de equipes no Brasil e, por exemplo, o Londrina tem uma equipe montada há quatro anos e só agora vem conseguindo resultados – apontou.

O próximo desafio do Criciúma é contra o JEC, na Arena Joinville, às 16h de sábado.