A Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf) estabeleceu uma data limite para a definição sobre a organização do Carnaval 2018: 15 de novembro. Se até esta data a prefeitura não conseguir definir a captação dos recursos junto à iniciativa privada e os valores destinados às escolas de samba, será inviável realizar os desfiles do ano que vem na Passarela Nego Quirido.

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Em maio, a prefeitura tinha afirmado que retomaria a organização do evento, que nos últimos anos havia ficado à cargo da Liesf, para tornar o Carnaval “mais atrativo comercialmente”. Na época, o superintendente de Turismo da capital catarinense, Vinícius de Lucca Filho, também afirmou que os recursos para a realização do Carnaval seriam captados junto à iniciativa privada, por meio de um edital. O modelo de financiamento permanece o mesmo, mas, agora, há uma indefinição sobre quem irá organizar os desfiles.

— O presidente da liga tem todas as informações de que necessita, caso fique responsável pela organização. Se for o caso, vamos fazer a “quatro mãos”, sem embates ou disputas, para que a gente consiga viabilizar o Carnaval de maneira adequada — disse o superintendente.

O presidente da Liesf afirma que a organização dos desfiles será feita pelo conjunto das escolas de samba, até porque há um regulamento em vigor que prevê o desfile de seis agremiações no Grupo Especial, cinco no Grupo de Acesso e outras cinco no Grupo de Acesso A. Segundo Fábio Botelho, isso não significa que os recursos serão bancados pela Liesf.

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— A liga não vai assumir o Carnaval de Florianópolis como foi em 2017. Ficou acordado que a prefeitura iria captar os recursos para o pagamento da infraestrutura, como segurança, banheiros e eventuais reformas, mas a liga também está buscando recursos junto à iniciativa privada. Estamos fazendo a nossa parte — afirmou Botelho.

Atraso no edital

Em maio, a prefeitura havia informado que lançaria, até julho, um edital para credenciamento de empresas que fariam a captação de recursos junto à iniciativa privada. Passados quatro meses, o edital ainda não foi divulgado.

— São muitos detalhes, a gente não queria lançar um edital fragilizado para evitar problemas legais posteriores. Como o carnaval é multifacetado, tivemos que colocar no edital todos os pormenores. Isso deu mais trabalho do que imaginávamos — disse o superintendente de Turismo, sem estabelecer uma data para o lançamento do edital.

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Este atraso começa a preocupar a Liga das Escolas de Samba. Segundo o presidente Fábio Botelho, as agremiações e a prefeitura precisarão “lutar contra o tempo” para conseguir viabilizar um Carnaval de qualidade.

— A liga colocou como limite para a apresentação de recursos o dia 15 de novembro. Queremos fazer um Carnaval de primeira, mas não dá para fazer isso em 30 ou 40 dias — afirmou.

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