O desfile das escolas de samba em Florianópolis no Carnaval 2018 será diferente dos últimos anos. É isso que afirma o superintendente de Turismo da capital catarinense, Vinicius De Lucca Filho, em entrevista à Hora de Santa Catarina. A pasta pretende retomar a organização do evento, que nos últimos anos ficou à cargo da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf) e já trabalha em um novo modelo, que prevê dois dias de desfiles na Passarela Nego Quirido e a participação de oito ou 10 escolas de samba.

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— Queremos tornar o Carnaval mais atrativo comercialmente. Planejamos duas noites de desfiles, assim teremos condições de vender o Carnaval mais adequadamente, tanto em mídia, como em bilheterias, alimentos e bebidas. Estamos trabalhando internamente e, assim que tivermos uma proposta mais densa, vamos chamar as escolas de samba para conversar — afirma o superintendente.

De acordo com Vinicius, a prefeitura não irá investir verba pública, e os recursos deverão vir da iniciativa privada. Para isso, será lançado um edital entre junho e julho deste ano, com a “venda” de 13 produtos, entre eles o desfile das escolas de samba e dos blocos nos bairros, o encontro de mestres-sala e porta-bandeiras, o Carnaval no Centro e os ensaios técnicos.

— O Carnaval é um produto público, por isso quem vai organizá-lo é a prefeitura. Nós vamos conversar com as escolas, mas a palavra final será da prefeitura — reiterou o superintendente de Turismo.

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A notícia surpreendeu o atual presidente da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis, Joel Costa Júnior. Segundo ele, houve uma reunião com a Secretaria de Turismo neste ano sobre convênios e parcerias para o Carnaval, mas não se discutiu o formato dos desfiles. A proposta de um edital para captação de recursos é vista com bons olhos, diferentemente da mudança de formato._ Pior que está não pode ficar. Ano passado, a prefeitura assinou um convênio e não honrou o compromisso. É preciso tratar o Carnaval e as grandes festas, como o Réveillon, de forma mais profissional. Agora, a maneira como se dará os desfiles é uma decisão exclusiva das escolas de samba. O Carnaval é da cidade, mas não se faz desfile sem as escolas e seus componentes _ disse o presidente da Liesf.

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