Levei um papo reto com o novo presidente da Liga das Escolas de Samba de Florianópolis (Liesf), Fábio Botelho. No desenrolo, perguntei sobre o futuro do Carnaval e, é claro, sobre as intenções do cara com o movimento que mais representa a massa popular da Grande Florianópolis. Fabinho me recebeu na sala de sua casa, no sul da Ilha, onde tomamos um café caprichado ao lado de sua mãe, Dona Zenaide. A coroa é uma figuraça daquelas que nos apaixonamos à primeira vista, tanto que já me chamou para um almoço. E eu, que como pra bobo não sirvo, topei sem pestanejar.

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Fato é que Fábio é um cara otimista, que acredita no ser humano e que, até onde me consta, parece estar disposto a fazer um bom trabalho. Desejo sorte na caminhada e que o papo registrado aqui no Rolê seja de muita autenticidade. Felicidades meu bom!

Confere aí a entrevista!

EdSoul Quem é Fábio Botelho?

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Fábio Botelho — Sou um cara muito simples. Apaixonado por minha família, muito transparente. Cultivo boas amizades. Acredito nas pessoas, até que me provem o contrário. Eu vivo o aqui e o agora, pois são a única coisa que me pertencem.

Edsoul — De onde vem sua paixão por Carnaval?

Fábio — Quando nasci, meu pai e o seu Armandinho Gonzaga (fundador da Copa Lord) eram grandes amigos e recebi, ainda na maternidade, um tamborim de pele de gato que tenho guardado ate hoje. E aí começou minha história.

Edsoul — Qual a sua escola do coração?

Fábio — Hoje minha escola de coração é a Consulado.

Edsoul — Como a Liga aconteceu na sua vida?

Fábio — Em 2015, meu amigo Joel (Costa, ex-presidente) me convidou para ser seu vice com a proposta de profissionalizarmos o Carnaval. Eu aceitei.

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Edsoul — O que mais lhe seduz: a vida política ou o Carnaval?

Fábio — O que realmente me seduz é trabalhar com as pessoas e para as pessoas. Tanto no Carnaval como na política, tenho a condição de poder ajudar. Isso me seduz.

Edsoul — Como vai ser sua gestão na Liga?

Fábio — Será participativa e com um objetivo claro de servir nossas 16 escolas filiadas. Teremos um papel importante de resgate da imagem do Carnaval na sociedade. Nossa gestão terá como braços fortes a inclusão e os projetos sociais nas comunidades.

Edsoul — O fato de termos a prefeitura como organizadora do Carnaval ilhéu, atrapalha os andamentos dos desfiles? Por quê?

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Fábio — Eu acredito que a prefeitura deva sim participar e executar tudo aquilo que é de infraestrutura do Carnaval. Além disso, é preciso ressaltar a importância da prefeitura no subsídio para as agremiações, pois estamos falando de um evento que gera incrementos significativos na nossa economia. Mas toda a questão regulamentar, o regramento e a técnica do espetáculo tem que ser com as verdadeiras protagonistas: as escolas. E consequentemente a Liga deve ser a executora técnica do Carnaval. Todos ganham com isso. Ninguém pode ficar de fora do processo.

Edsoul — Haja visto que o senhor é uma liderança partidária, em algum momento o carnaval vai estar nas suas próximas campanhas?

Fábio — Não sei se terá próxima (campanha). Fui candidato a vice-prefeito na última eleição e foi uma experiência rica. Mas o Carnaval está na minha vida desde quando nasci e não largarei ele por nada. A política precisa de pessoas boas, com coragem e que tenham o espírito de coletividade. No Carnaval encontramos isso. O futuro a Deus pertence, mas não farei da Liga um trampolim, não seria justo com aqueles que caminham ao meu lado neste desafio.

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