A suspensão da licitação para a duplicação do lote 1 da BR-280, entre São Francisco do Sul e a BR-101, confirmado nesta quarta-feira pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), deixou lideranças empresariais da região Norte apreensivas.
Continua depois da publicidade
Para o engenheiro Roni Goulart Nunes, vice-presidente de relações institucionais da Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa (Ajorpeme), o cancelamento é resultado de uma “bagunça, pois quando não é problema burocrático, é processual”. Ele acredita que a decisão atrasa o desenvolvimento da região.
– Vamos esperar e torcer para que não haja uma nova barreira – diz Nunes.
Para o presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Mario Cezar de Aguiar, o descaso e a burocracia venceram. Ele reforça que a prorrogação da duplicação gera “prejuízos enormes” para a economia de Santa Catarina.
– A duplicação é uma obra com custo relativamente baixo e que se paga muito rapidamente – argumenta Aguiar.
Continua depois da publicidade
Impacto negativo
O diretor de indústria e porto da Associação Empresarial de São Francisco do Sul (Acisfs), Carlos André Atanásio, diz estar decepcionado. De acordo com ele, o atraso do início das obras tem um impacto muito negativo para toda a região.
– Estamos numa insegurança e nos sentimos instáveis não só como classe empresarial. Não condeno os embates entre as empresas licitadas, mas torço para que possamos nos organizar logo e gerar os impactos em menores proporções possíveis – conta.
Laurico Caviquioli, presidente da Associação Empresarial de Guaramirim (Aciag), também acredita que o prejuízo acaba se voltando para a classe empresarial e a comunidade como um todo, que há muito tempo espera pelo início das obras.
– Com o lançamento de um novo edital, o problema deverá ser tratado em caráter de urgência – enfatiza.
Continua depois da publicidade
A presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Monika Conrads, vai aguardar o andamento das próximas etapas, mas garante que a entidade vai manter sua posição de vigilância para que as obras saiam do papel.