Como era de se esperar, a notícia do adiamento em cinco anos, de 2017 para 2022, para conclusão da duplicação da BR-470 desagradou representantes de entidades que defendem a importância da obra. Na avaliação do presidente da Comissão de Mobilidade Urbana da OAB Blumenau, Roger Cechetto, a pressão popular é a única maneira que a sociedade tem para tentar mudar a decisão política do governo federal. O advogado acredita que a sociedade civil organizada deve mobilizar-se para chamar a atenção sobre a necessidade de segurança na rodovia:

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– O governo deveria avaliar essa questão com mais cuidado. Essa obra não está voltada somente ao desenvolvimento, mas à segurança do trânsito. Essa é a terceira rodovia federal que mais mata, por isso a pressão deve ser feita com base na segurança.

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O diretor de Comunicação da Associação BR-470 em Nossas Mãos, Luiz Carlos Nemetz, acompanha o assunto e afirma que o governo federal está perdido em relação a obras prioritárias. Segundo o advogado, a União deveria fazer cortes em outras áreas, como reduzir o número de ministérios, cargos comissionados e verbas para publicidade.

– Compreendemos que o caixa federal está curto e todos precisam fazer sacrifícios, mas a presidente prometeu e esse tipo de obra não deveria ter corte – disse.

Em sua avaliação, a redução no orçamento não faz sentido pois a rodovia duplicada permitiria o crescimento da região e consequentemente o aumento da arrecadação federal.