Considerada a região com mais acidentes e mortes no Vale do Itajaí, o Alto Vale começa a delinear a duplicação e a debater a obra com as lideranças. De acordo com o levantamento feito pelo Santa, de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2014, Pouso Redondo foi a cidade que registrou mais mortes na rodovia, com 164 vítimas fatais. A cidade é seguida por Indaial, com 154 mortes, e Rio do Sul, também no Alto Vale, com 109.
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A reunião promovida sexta-feira na sede da Associação Empresarial de Rio do Sul (Acirs) teve como foco a apresentação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (ETVEA) da duplicação da BR-470 de Indaial ao entroncamento com a BR-116, em São Cristóvão do Sul.
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A apresentação foi feita pelo coordenador geral de Planejamento e Programação de Investimentos do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) em Brasília, André Nunes, que explicou que o estudo é a primeira etapa para a obra.
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Para o trecho de 160 quilômetros, o DNIT avaliou duas possibilidades: aumento da extensão das terceiras faixas ou a duplicação de toda a rodovia, ambas com obras de melhorias.
– A segunda alternativa foi selecionada devido ao volume de tráfego projetado até 2025, que será de 40 mil veículos por dia, considerando o atual volume e estimativa de crescimento. Se analisássemos apenas economicamente a primeira alternativa seria a mais viável, porque é mais barata, mas ela não vai atender à demanda – explica Nunes.
De acordo com o estudo, a duplicação do trecho custaria de R$ 3,4 bilhões, mas os valores de referência são de novembro de 2012. Nunes aponta que essa defasagem se deve ao tempo que o estudo demorou para ficar pronto:
– Foram cinco anos entre o início do estudo e a finalização, mas o processo ficou parado cerca de dois anos. Essa questão dos valores é simples para o DNIT atualizar e como o montante já é bem significativo não haverá grande diferença.
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A partir do estudo, o DNIT pode licitar o projeto básico, para na sequência dar andamento à obra. O projeto, porém, só deve ficar pronto em 2016:
– O estudo é uma pré-disposição para o governo determinar os rumos de investimento e poder licitar o projeto, que foi incluído no PPA (Plano Plurianual) orçamentário de 2016-2019 – explica o superintendente do DNIT em Santa Catarina, Vissilar Pretto.
Participaram da reunião o prefeito de Rio do Sul, Garibaldi Antônio Ayroso; o presidente da Acirs, Alex Detlev Ohf; o deputado federal Rogério “Peninha” Mendonça; o deputado estadual Aldo Schneider; o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Santa Catarina, Paulo Lopes; entre outras lideranças da região.