Um leilão de terrenos da Carbonífera Criciúma arrecadou R$ 344 mil, valor a ser encaminhado para a ação coletiva de 212 mineiros em 2015, e que ainda não recebem as rescisões. Cinco terrenos foram vendidos, de um total de 42 bens, incluindo imóveis, em nome da empresa e de sócios. Esse foi o primeiro leilão que beneficiou a ação que corre na 4ª Vara do Trabalho do Trabalho de Criciúma, mas é pouco em relação ao tamanho da dívida, explica o advogado do Sindicato dos Mineiros de Forquilhinha, Márcio Cechinel.
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— O valor da dívida da ação coletiva, reajustado, está em torno de R$ 6 milhões. O valor arrecadado com o leilão representa pouco mais de 5%, mas já é um começo para que os trabalhadores comecem a receber — avalia.
O pagamento dos terrenos é depositado em uma conta judicial, e a Carbonífera Criciúma tem um prazo para impugnar a venda, caso queira. Depois, o valor é encaminhado aos trabalhadores, e o juiz da 4ª Vara, Erno Blume, define como será feito os pagamentos. Ainda não há data definida para que o valor seja repassado aos credores.
Os terrenos vendidos ficam nos municípios vizinhos de Treviso, Siderópolis e Lauro Müller, e os demais imóveis penhorados podem ser ofertados em futuros leilões judiciais. Na ação coletiva, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) determinou o bloqueio de R$ 16,3 milhões, como segurança para o pagamento de parte das dívidas trabalhistas. No ano passado, outro leilão de terrenos beneficiou ações particulares, que tramitam na 1ª e 3ª Vara em Criciúma.
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