Fazer a reforma administrativa, chegar a uma conclusão satisfatória da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Buracos, além de analisar projetos polêmicos, como o que estabelece regras ao uso de calçadas como estacionamento pelo comércio e o que pode proibir o consumo de álcool nas ruas são alguns dos desafios dos parlamentares na volta do recesso da Câmara de Vereadores. Depois de quinze dias de paralisação, os vereadores retomam as atividades nesta quinta-feira.

Continua depois da publicidade

Se há bastante trabalho para ser feito, outra dificuldade que o Legislativo irá precisar superar é a de dar mais atenção aos projetos criados dentro da casa. No primeiro semestre, dos 68 projetos de lei aprovados, 57 eram de autoria da Prefeitura de Joinville – o que representa 84% do total. Enquanto isso, matérias apresentadas pelos parlamentares emperram em discussões nas comissões técnicas.

Entre os projetos parados, está a proposta que multa quem não recolher dejetos de animais de estimação nas ruas, ou outro que multa quem joga lixo no chão. Ambos foram apresentados no começo do semestre e até agora não foram votados.

Prioridade para o governo

Continua depois da publicidade

Se depender de parte dos vereadores, a atenção continuará voltada para a análise de projetos encaminhados pelo governo.

-Não vejo problema em ser um braço do governo para aprovar vários projetos do Executivo. Temos que dar tranquilidade para o prefeito-, justifica Rodrigo Fachini (PMDB), líder do governo na Câmara joinvilense.

A relação do governo com o Legislativo tende a se intensificar nos próximos meses. A nomeação de Luiz Gubert como diretor executivo do gabinete do prefeito, ocorrida na sexta-feira passada, é sinal da intenção de Udo de criar uma ponte entre Prefeitura e Câmara.

Continua depois da publicidade

Preocupado com a produtividade da casa, Maurício Peixer (PSDB), presidente da Comissão de Legislação e Justiça, garante que mais projetos serão discutidos e votados neste segundo semestre. Ele diz que irá estipular um prazo para as discussões passarem pela comissão, cujo trâmite é obrigatório.

-Estamos acelerando o que dá. Há projetos que são lentos e as discussões ficam travadas. Muitas coisas também precisam de adequações-, fala o parlamentar.