Dada a atualidade do tema, seguem mais algumas considerações, a maioria de ordem prática, sobre um transporte coletivo de qualidade para Blumenau, no geral, aplicável ou adaptável também em outras cidades.
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Cobradores: alguns leitores discordaram de mim quanto a não necessidade de cobradores na era dos passes eletrônicos, alegando que eles podem fazer muito mais que só cobrar passagens, como orientar passageiros e turistas em dúvidas, auxiliar deficientes físicos ou idosos e na “segurança” e ordem dentro do ônibus, garantir janelas abertas em tempos de zika e dengue, entre outras funções. Fica o registro.
Posição da catraca: se elas forem posicionadas mais para trás, permitindo a entrada de um maior número de passageiros, ganhar-se-á tempo em cada parada, permitindo que a viagem prossiga enquanto ocorre a passagem pela catraca.
Pontualidade (aqui já referida): obviamente que para ela acontecer, os relógios dos terminais devem estar permanentemente aferidos, pois são eles que balizam a referência da pontualidade para motoristas e passageiros. A coisa, porém, não precisa ser tão britânica assim. Há situações em que deve haver bom senso. Por exemplo, se no exato momento de partida para um bairro chega um ônibus troncal, não custa esperar alguns segundos para permitir o embarque dos novos passageiros que estão chegando naquele momento, evitando uma longa e desnecessária espera pelo próximo horário.
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Lauro Bacca: “Não me incomodaria de ter menos frequência de ônibus, desde que houvesse pontualidade”
Fiscalização da faixa exclusiva: por que os ônibus das principais linhas não podem ter uma câmera que flagre automóveis na sua frente usando a faixa exclusiva e que isso tenha validade jurídica na aplicação de penalidade do motorista infrator?
Qualidade do ar: há que ser muito rigoroso nesse quesito. A concessionária concorrente deve garantir ônibus novos ou seminovos com motores permanentemente regulados e adaptados ao diesel 50, muitíssimo menos poluidor do ar. Idem quanto aos ruídos interno e externo dos motores.
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Limpeza interna: por que nas paradas de fim de linha não se faz uma rápida, porém eficiente higienização dos bancos, pegadores, barras e colunas, onde todos apoiam-se com as mãos? Essa tarefa poderia ser executada pelos próprios motoristas e cobradores, como já acontecia há muitos anos, por que não?
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Trechos “turísticos”: estudar formas de evitar que em certas linhas os passageiros de uma rua tenham que fazer “turismo forçado” de ida e volta em outra rua, onde o ônibus entra para coletar minguados passageiros. Talvez revezando os horários para cada rua, por exemplo.