A Polícia Civil recebeu nesta semana o laudo definitivo do Instituto Geral de Perícias (IGP) que confirma que a menina Júlia Luany Aymone Alves, 12 anos, foi vítima de violência sexual. A garota foi encontrada morta em 20 de fevereiro com marcas de facada no peito e no pescoço na casa que a mãe e o padrasto serviam como caseiros na Praia do Poá, em Penha.

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_ Ela foi molestada sexualmente, porém não havia nenhum líquido diverso ao corpo dela na genitália. Ela pode ter sido violentada dois ou três dias antes do crime _ informou nesta quinta-feira o delegado regional, Maurício Pretto.

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O delegado lembra que havia a suspeita por parte da polícia que o líquido encontrado nas partes íntimas de Júlia fosse sêmen, o que não foi constatado pela perícia.

A mãe e o padrasto da menina, que desde o crime, moram em Jaguaruna no Sul do Estado, voltaram a ser ouvidos pela Polícia Civil nesta semana. Conforme Pretto, eles mantiveram a versão anterior de que a menina teria sido morta por uma terceira pessoa que invadiu a casa na noite do homicídio.

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Pretto também informou que um perito acompanhou os policiais para coletar as digitais do casal. Um exame papiloscópico vai comparar as digitais deles com as encontradas nas facas presentes na cena do crime.

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Relembre o caso

Júlia Luany Aymone Alves, 12 anos, foi encontrada morta dentro de uma casa de veraneio na Praia do Poá, em Penha, dia 20 de fevereiro. A mãe e o padrasto da adolescente são caseiros da residência onde ocorreu o crime.

De acordo com a polícia, a primeira informação recebida era de que a menina teria sido vítima de um tiro, disparado por um estranho que estaria tentando assaltar a casa e que foi flagrado pela adolescente. O padrasto, que indicou o local aos policiais, estava com um facão na mão e afirmava que a menina havia sido atacada, conforme a PM.

No imóvel os policiais encontraram a garota na sala e perceberam que o ferimento foi feito com um objeto cortante, e não uma arma. Ainda segundo a Polícia Militar, a mãe da menina, que estava junto do corpo, também segurava uma faca e alegou que estava tentando se proteger do estranho.

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A polícia chegou a suspeitar que se tratasse de algum foragido da penitenciária de Joinville, mas ninguém foi encontrado nas redondezas. Os policiais relataram ter desconfiado da mãe e do padrasto porque as versões do ataque eram diferente. Os dois foram levados para prestar esclarecimentos na delegacia e liberados em seguida.