A Justiça negou um pedido de prisão temporária dos pais da menina de 12 anos encontrada morta em Penha dia 20 de fevereiro. A Polícia Civil acredita que a mãe e o padrasto da adolescente são os principais suspeitos de ter cometido o crime – eles alegam que um homem invadiu a casa e assassinou Júlia Luany Aymone Alves, fato que ainda não foi comprovado pela polícia.

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O delegado responsável pelo caso, Wilson Masson, afirma que a prisão era imprescindível para a continuidade das investigações, mas que a Justiça não entendeu dessa forma. Sexta-feira pela manhã a mãe e o padrasto foram ouvidos novamente e mantêm a versão inicial.

Além dos pais, a polícia relata que também foram ouvidos outros familiares da vítima: pai, avó materna e a irmã de oito anos. Mas nenhum deles contribuiu de forma significativa no inquérito, segundo o investigador Alan Coelho.

– Estamos aguardando o laudo da perícia e, o mais importante, o laudo que vai identificar o que é o líquido leitoso encontrado nos órgãos genitais da menina. Se for confirmado que é sêmen, vamos fazer o DNA comparando com o padrasto – explica.

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Coelho diz ainda que o laudo do corpo da adolescente apontou que ela já vinha sendo abusada antes mesmo de ocorrer o homicídio. Segundo o investigador, o padrasto negou o estupro e a mãe disse que se ele ocorreu ela nunca ficou sabendo.

Relembre o caso

Júlia Luany Aymone Alves, 12 anos, foi encontrada morta dentro de uma casa de veraneio na Praia do Poá, em Penha, dia 20 de fevereiro. A mãe e o padrasto da adolescente são caseiros da residência onde ocorreu o crime.

De acordo com a polícia, a primeira informação recebida era de que a menina teria sido vítima de um tiro, disparado por um estranho que estaria tentando assaltar a casa e que foi flagrado pela adolescente. O padrasto, que indicou o local aos policiais, estava com um facão na mão e afirmava que a menina havia sido atacada, conforme a PM.

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No imóvel os policiais encontraram a garota na sala e perceberam que o ferimento foi feito com um objeto cortante, e não uma arma. Ainda segundo a Polícia Militar, a mãe da menina, que estava junto do corpo, também segurava uma faca e alegou que estava tentando se proteger do estranho.

A polícia chegou a suspeitar que se tratasse de algum foragido da penitenciária de Joinville, mas ninguém foi encontrado nas redondezas. Os policiais relataram ter desconfiado da mãe e do padrasto porque as versões do ataque eram diferente. Os dois foram levados para prestar esclarecimentos na delegacia e liberados em seguida.