Não há indícios de que a adolescente de 17 anos que sofreu um aborto dentro de um banheiro no Pronto Atendimento 24 horas da Zona Norte de Joinville, em junho deste ano, tenha provocado a interrupção da gravidez. A informação consta no laudo encaminhado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) à Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), nesta quarta-feira.

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O feto humano, de aproximadamente 5 meses, foiencontrado dentro de uma privada por funcionários da limpeza da unidade de saúde, na madrugada do dia 11 de junho, no bairro Costa e Silva. Localizada horas depois, em casa, no bairro Morro do Meio, a jovem confessou ter sofrido o aborto. Na época, ela negou que tenha praticado manobras abortivas.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Pedro Alves, a perícia divulgada na quarta (23) confirmou a versão dela. foram realizadas duas análises, a primeira, um exame de DNA, que comprovou que a garota era a mãe do bebê. A segunda, mostrou que não há indícios de que ela tenha provocado o aborto ou ingerido medicamentos abortivos.

Ainda conforme o delegado, o laudo apontou que o bebê já estava morto há mais de 48 horas no útero da jovem, por causas naturais.

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— O que aconteceu no banheiro do PA Norte foi o expelimento do feto (já morto) e não houve ato infracional da adolescente — explica.

Na próxima semana, a DPCAMI deve remeter os resultados do procedimento de investigação à Vara da Infância e Juventude da Comarca de Joinville.