Santa Catarina está há mais de um mês sem realizar os exames para diagnóstico da brucelose humana. A doença pode provocar infecções crônicas e é transmitida ao homem por meio da ingestão de produtos lácteos não pasteurizados, carnes mal cozidas e derivados provenientes de animais infectados pela bactéria (Brucella).
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A secretaria de Saúde do Estado diz que não realiza exames desde dia 20 de junho e afirma que o processo de compra dos kits já foi finalizado. A expectativa é que o Laboratório Central (Lacen) de SC receba 480 testes nesta terça-feira. Ainda segundo a pasta, pelo menos 100 amostras estão armazenadas sem resultados. O Lacen realiza uma média de 230 testes por mês.
Neste ano, já foram registrados 53 casos da doença, sendo que em 2016 foram 108, 69 a menos do que o diagnosticado no ano anterior. Beber somente leite fervido ou pasteurizado e consumir produtos de origem animal de procedência segura são as principais recomendações para evitar a brucelose humana. Os produtores e trabalhadores do meio rural também devem ficar atentos ao manuseio dos animais.
— Outra forma de transmissão da brucelose ao homem é pelo contato com tecidos, sangue, urina, placenta e fetos abortados de animais doentes — explica Suzana Zeccer, gerente de Zoonoses da Dive.
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Nos humanos, os sinais e sintomas são febre contínua, intermitente ou irregular, dores de cabeça, suores noturnos, dores musculares e articulares.
Doença nos animais
De acordo com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), existem 200 mil propriedades com bovinos no estado. Em 2017, foram detectados focos de brucelose em animais de 148 propriedades até o momento. Dessas, 102 ainda estão em processo de saneamento.
Os animais acometidos pela doença são abatidos sanitariamente e o restante do rebanho passa por testes periódicos até ser verificada a eliminação da doença do rebanho. Os proprietários podem ser indenizados pela Secretaria da Agricultura, por meio do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa).
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Como evitar a brucelose humana:
– Beber somente leite fervido ou pasteurizado;
– Consumir produtos de origem animal de procedência segura.
Para produtores rurais:
– Usar equipamentos de proteção individual no trato dos animais, para evitar o contato direto com animais doentes ou potencialmente infectados;
– Manusear fetos abortados e restos de placenta com luvas impermeáveis;
– Queimar e enterrar fetos abortados e restos de placenta;
– Desinfetar o local onde ocorreu o aborto, utilizando água sanitária;
– Lavar bem as mãos com água e sabão, caso tenha entrado em contato com material suspeito (feto, placenta, líquido do parto etc);
– Realizar periodicamente os exames nos animais e abater sanitariamente os que forem diagnosticados como positivos;
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– Notificar à Cidasc os casos de aborto de bovinos na propriedade;
– Introduzir no rebanho somente animais com atestado de exame negativo para brucelose e consultar regularmente um médico veterinário.
Fonte: Dive-SC
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