Santa Catarina terminou o ano de 2016 com uma queda de 25.754 beneficiários de planos de saúde em relação a dezembro de 2015. A baixa representa 1,7% do total de clientes no Estado, que hoje soma 1,5 milhão de beneficiários. A queda foi a maior da região Sul, mas está atrás do decréscimo do mercado brasileiro, que foi de 2,8%. Os dados, que ainda podem ser atualizados pelas operadoras, foram divulgados nesta segunda-feira pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
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Essa foi a primeira queda no número de clientes catarinenses neste período desde 2012, quando o número de beneficiários caiu 7,44%. Entre dezembro de 2014 e de 2015, o saldo foi positivo: 23,5 mil catarinenses aderiram a planos de saúde, o que representou uma alta de 1,5%.
Ao longo de 2016, o número de beneficiários catarinenses variou bastante. Entre janeiro e março, o cenário foi de queda acentuada. Depois, os planos de saúde se recuperaram e estabilizaram número de clientes, com leve queda em novembro.
Maior queda proporcional da Região Sul
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A região Sul encerrou 2016 com 95,85 mil beneficiários de planos médico-hospitalares a menos do que começou o ano, aponta análise do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A queda, de 1,4%, foi puxada pelo Paraná, que perdeu 41,3 mil vínculos (-1,5%) no período analisado. No Rio Grande do Sul, 28,8 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde, o que representa retração de 1,1%. Já o Estado de Santa Catarina foi o que proporcionalmente teve mais vínculos rompidos em 2016: 1,7%.
O superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, explica que a variação se deve, em grande parte, ao cenário econômico negativo:
— De acordo com os dados do Caged, foram cortados 263,4 mil empregos formais na região Sul ao longo do ano passado. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares no país, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o saldo de empregos formais — aponta.
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Carneiro destaca que o ano poderia ter encerrado com uma redução ainda maior no total de beneficiários.
— Como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas da casa própria e da educação, os beneficiários de planos de saúde, mesmo desempregados, optam por cortar outros gastos antes de romper o vínculo com a operadora — acrescenta.
No país, em um ano – comparando dados de dezembro de 2015 com dezembro de 2016 – o número de beneficiários em planos de assistência médica registrou queda de 2,8% (cerca de 1,4 milhão). Já o número de beneficiários em planos exclusivamente odontológicos cresceu 3,8% (815,3 mil).
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