Melhor colocado no primeiro turno das eleições em Joinville, com 41,42% dos votos, Kennedy Nunes (PSD) diz que não descarta apoio até de Carlito Merss (PT) no segundo turno – mesmo o petista sendo seu alvo preferido de críticas até então – e reafirma que, apesar de ter almoço agendado nesta segunda com o governador, não vai exigir a presença de Raimundo Colombo (PSD) em seu palanque em Joinville.
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Embora a tese não seja compartilhada por correligionários, Kennedy defende que tem propostas “até socialistas” que podem atrair partidos de esquerda e que considera mais fácil partidos ligados às causas trabalhistas votarem nele do que em “patrão”.
Apesar da alfinetada ao adversário Udo Döhler (PMDB), foi Kennedy que tomou a dianteira de ir em direção ao peemedebista, abraçá-lo e cumprimentá-lo no Centreventos Cau Hansen, domingo, pouco depois da apuração dos resultados. O candidato a vice e presidente do PSD em Joinville, Afonso João Ramos, e o deputado Darci de Matos dão como mais difíceis apoios à esquerda.
Darci, por outro lado, diz que há desde antes da campanha a palavra dele com Marco Tebaldi (PSDB), de quem é amigo, de que haveria apoio mútuo caso um ou outro fosse ao segundo turno, embora o tucano tenha despistado domingo sobre a possibilidade.
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Até o apoio de Leonel Camasão (PSOL) já havia sido sondado domingo pela campanha de Kennedy, como maneira de atrair ainda mais o público jovem, que compõe boa parcela do eleitorado do pessedista. Estudos e negociações deveriam adentrar a madrugada domingo, se necessário.
– Antes mesmo de ir para o Centreventos, já fiz contatos com alguns candidatos a vereador de outros partidos que irão nos apoiar -, disse Kennedy, sem revelar nomes. A primeira coisa que o partido deve fazer nesta segunda ou terça é esse contato com candidatos a vereador em busca de apoios.
Independente dos aliados que conseguir, Kennedy afirma que a negociação será em cima de propostas interessantes para Joinville. Ele diz, ainda, estar aberto a reunir propostas de Tebaldi, Leonel e Carlito, após conversar com eles, para seu plano de governo.
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Para o candidato, a melhor colocação no primeiro turno se deve ao fato de ter defendido propostas simples, que as pessoas entenderam, e a ter feito uma “campanha limpa”, sem ataques – bem diferente das outras vezes em que concorreu. Outro fator que o impulsiona é o fato de não ter ligações com grupos políticos que passaram recentemente pela Prefeitura. “Represento o novo, um outro ciclo para Joinville”.