A Justiça decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos do processo da Operação Lava-Jato que tratam da relação entre o doleiro Alberto Yousseff e o vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT/PR). Por ser parlamentar, Vargas tem foro privilegiado, ainda que tenha nesta segunda-feira se licenciado por 60 dias.

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O STF decidirá se encaminhará o caso à Procuradoria Geral da República, e esta terá de definir se pedirá ou não abertura de investigação contra Vargas.

Segundo o site do jornal O Estado de São Paulo, a Justiça considera que entre os diversos fatos investigados foram colhidos “em verdadeiro encontro fortuito de provas elementos probatórios que apontam para relação entre Yousseff e o deputado”. Para a Justiça, ainda é cedo para afirmar se a ligação entre o doleiro e o parlamentar “teria natureza criminosa”. A citações a Vargas nos autos da Lava-Jato foram suficientes para deslocar essa etapa do caso para o Supremo.

A PF terá de reunir, em até 10 dias, documentos que apontam proximidade entre o doleiro e o deputado petista. Será remetida ao STF apenas a parte do processo que diz respeito ao parlamentar.