Justiça determina reajuste de 7,16% para motoristas e cobradores da Capital

O dissídio dos motoristas e cobradores do transporte coletivo da Capital foi determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (TRT-SC) na tarde desta segunda-feira. Os cinco desembargadores presentes determinaram um reajuste salarial de acordo com a inflação: 7,16%. O Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis) realizará uma assembleia às 22h para discutir o assunto.

Além do reajuste, a jornada de seis horas com 20 minutos de intervalo foi mantida. Os trabalhadores receberam o aumento de R$40 no vale-alimentação (R$ 420 para R$ 460), uma das reivindicações das últimas greves e paralisações. Aqueles que não são sindicalizados não são obrigados a contribuir financeiramente e a hora extra passou a valer 50% da hora normal em todos os feriados.

O Sintraturb declarou que só irá se posicionar para a imprensa depois da assembleia marcada para as 22h.

Multa da frota mínima

Os três sindicatos – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Santa Catarina (Setpesc), Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Florianópolis (Setuf) e o Sintraturb – tiveram a multa de R$ 200 mil reais reduzida a R$ 100 mil para cada um, somando R$ 300 mil no total.

O dinheiro será cobrado quando não couber mais recurso das partes e será transformado em catraca livre depois de ser pago. A multa foi uma decisão da Justiça pelo descumprimento dos sindicatos em manter uma frota mínima de ônibus circulando na última greve dos dias 10 e 11 junho.

Paralisação relâmpago

Na última sexta-feira, os motoristas e cobradores fizeram uma paralisação relâmpago por falta de acordo no dissídio. Durante duas horas, os ônibus não puderam entrar ou sair os terminais. De acordo com o Sintraturb, os pedidos do pagamento do INPC, redução da jornada de trabalho e da intrajornada não foram atendidos e seriam os mesmos que motivaram a greve dos ônibus dos dias 14, 15 e 16 de junho.