Um homicídio e duas tentativas (ambos dolosos), omissão de socorro e embriaguez ao volante são os crimes pelos quais o empresário Raulino Jacó Brüning Filho, 33 anos, vai responder em uma ação penal na Justiça, em Florianópolis.

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Ele é acusado de atropelar três pessoas e matar uma delas no dia 9 deste mês, no bairro Tapera, Sul da Ilha.

O juiz Paulo Marcos de Farias, da Vara do Tribunal do Júri, recebeu na íntegra a denúncia criminal oferecida nesta quinta-feira pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Com isso, Raulino agora é considerado réu e será julgado pelos crimes. A defesa tem 10 dias para responder à acusação. Raulino dirigia uma caminhonete Mitsubishi L200 na SC-405. Edevaldo Veloso Amaro, 20 anos, morreu atropelado. Rosângela Wosiak, 48 anos e Camila Franceschetti, 18, ficaram feridas.

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Defesa de empresário diz que família ajudará vítimas de acidente

O empresário está preso preventivamente e foi transferido para Itajai. Autor da denúncia, o promotor Wilson Paulo Mendonça Neto afirma que Raulino dirigia embriagado e de forma perigosa, efetuava manobras bruscas, forçava ultrapassagens, trafegava pelo acostamento e vinha em zigue-zague e portanto assumiu o risco de produzir morte – as vítimas caminhavam ao lado da rodovia.

“A conduta criminosa executada pelo denunciado causou perigo comum, posto que ele dirigia embriagado e de forma perigosa em uma rodovia com grande circulação de pessoas, ainda maior em época de carnaval, o que colocou em risco não somente as vítimas atingidas, mas também um número indeterminado de pessoas que transitavam pelo mesmo lugar”, escreveu o promotor na denúncia, pedindo que o réu seja julgado e condenado pelo Tribunal do Júri.

“Todo mundo está arrasado com isso”

O advogado Nilton Macedo, do escritório que cuida da defesa do empresário, entende que Raulino Jacó Büning Filho deve responder por homicídio culposo (sem a intenção de matar) e não doloso.

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Para Macedo, há uma vulgarização do dolo eventual no trânsito em razão da repercussão, que em sua opinião acaba influenciando a denúncia do Ministério Público. – A família está desolada. Todo mundo está arrasado com isso tudo – disse Macedo, afirmando que está aguardando a denúncia do Ministério Público para estudar as medidas em relação a eventual pedido de liberdade do acusado.

Moradores da Tapera fecham rodovia e pedem justiça