O julgamento dos acusados pela morte da agente penitenciária Deise Alves foi interrompido por mais de uma hora. Os quatro réus da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, precisavam assistir a sessão à distância, mas a videoconferência estava com problemas técnicos que não puderam ser resolvidos. O juiz transferiu a audiência para os dias 8 e 9 de agosto.

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Este foi o primeiro dia de julgamento no Fórum de São José, que inicou às 14h. Para esta sessão, treze testemunhas de acusação deveriam prestar depoimento. Além das pessoas indicadas pelo Ministério Público, compareceram as testemunhas de defesa dos nove réus.

Quatro detentos foram levados ao Fórum para assistir aos depoimentos. Os outros quatro acompanham da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde estão desde fevereiro por envolvimento nos atentados em Santa Catarina. O nono acusado está foragido.

O assassinato da agente Deise Alves – 26 de outubro de 2012

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Insatisfeitos com o corte de regalias na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, presos do PGC e articuladores das ideologias da facção decidiram matar o então diretor Carlos Alves.

Por cartas ou visitas, comunicaram-se entre si e ordenaram a execução do diretor para os criminosos chamados disciplinas, que são os responsáveis por cumprir as ordens nas ruas.

Fabricio da Rosa teria conseguido a arma para o homicídio, uma pistola 9mm. Reuniram-se para a execução Marciano Carvalho dos Santos, Oldemar da Silva, o Mancha, e Rafael de Brito, o Shrek.

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Na noite de 26 de outubro de 2012, uma sexta-feira, em uma moto e em um carro, três homens seguiram o Mégane preto de Carlos Alves até a residência dele. Quando o veículo estacionou, na frente da casa de um familiar, às 21h, no Bairro Roçado (Rua João Fernando Pereira), a agente Deise Alves desceu e acabou sendo baleada.

Deise conseguiu reagir e acertou Marciano com um tiro na perna. Quando ele foi preso, apresentava o ferimento. O carro tinha película nos vidros e por isso os atiradores não perceberam que não era Carlos Alves quem estava dentro. Eles mataram a agente com um tiro no coração por engano.