A primeira audiência de instrução e julgamento do caso do latrocínio da médica Mirella Maccarini Peruchi, assassinada em 27 de abril, aconteceu na tarde desta quinta-feira, no Fórum de Criciúma, no Sul do Estado. Dez testemunhas de acusação, incluindo policiais e o viúvo de Mirella, o médico Jaime Lin, foram ouvidas pela juíza da 1ª Vara Criminal, Paula Boetke e Silva.
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Médica morre em tentativa de assalto em Criciúma
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– Não foi dado nenhum parecer, até porque esse é o andamento normal. Mas a gente confia muito no trabalho da polícia e agora tudo se encontra nas mãos da Justiça. Confio que a Justiça seja feita – disse o viúvo de Mirella.
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Outra audiência deve acontecer para que as testemunhas de defesa sejam ouvidas. Em seguida, dependendo da sentença deferida pela juíza, o caso pode ir a júri popular.

Durante a sessão, cerca de 30 de familiares e amigos da médica protestaram com cartazes em frente ao Fórum. Além de justiça, eles pediam paz nas ruas de Criciúma e o andamento na construção do novo Case. Em maio, o prefeito Márcio Búrigo fez a doação de um terreno no qual o prédio deve ser construído pelo Governo do Estado. A obra está em fase de licitação.
O réu do caso, Gabriel Alves Ferreira, o “Moita”, 22 anos, pode ser condenado a mais de 30 anos de prisão por latrocínio e corrupção de menores, pelo envolvimento de um jovem de 17 anos no crime. Ele já tinha passagens pela polícia e se entregou três dias após a morte de Mirella, mas em depoimento negou envolvimento no latrocínio.
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Polícia faz reconstituição do crime que causou a morte de médica em Criciúma
O adolescente de 17 anos é autor confesso do crime e está detido no Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Criciúma. O processo de julgamento do jovem acontece em segredo de Justiça. A pena máxima é de três anos de cumprimento de medidas socioeducativas. Ao deixar o Fórum, o grupo de familiares e amigos de Mirella fez uma carreata até o Casep, que terminou com protesto em frente ao local.