O advogado João Luiz Sdrigotti (PSD) vai assumir o lugar do vereador João Carlos Gonçalves (PMDB), afastado do cargo na Câmara de Vereadores de Joinville por ser um dos suspeitos de participar de um suposto esquema de pagamento de propina na Secretaria do Meio Ambiente.

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João Luiz é advogado e tem 64 anos. Casado e natural de Joinville, é um dos recordistas de mandatos como vereador na cidade, com seis consecutivos. O primeiro mandato foi conquistado pelo PMDB, em 1983, quando foi o segundo vereador mais votado na cidade, com 3.710 votos. Foi reeleito nas cinco votações seguintes. Na eleição do ano 2000 foi o mais votado de Joinville e o segundo vereador com maior número de votos em Santa Catarina, com 4.037 votos.

Na eleição de 2012, concorreu pelo PMDB, sem sucesso, ficando como suplente. Chegou a ser subprefeito da região Centro-Norte do governo Udo Döhler antes de trocar o partido do atual prefeito pelo PSD de Darci, partido pelo qual concorreu novamente à Câmara neste ano. João Luiz entrou na vida política aos 21 anos, convidado pelo então prefeito Pedro Ivo Campos para chefiar o departamento de pessoal da Prefeitura e permaneceu no cargo durante a gestão de Luiz Henrique da Silveira.

Agora, faltando apenas três sessões ordinárias para o fim do ano, João Luiz assume uma cadeira no Legislativo.

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João Carlos e a Blackmail

O afastamento de João Carlos Gonçalves da Câmara ocorreu pela suspeita de envolvimento dele no chamado núcleo 2 da Operação Blackmail. Ele é investigado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa, com objetivo de privilegiar interesses junto à administração pública municipal. João Carlos foi preso preventivamente no dia 8 de novembro e solto no dia 23.

Saiba quais foram as oito provas para as prisões da Operação Blackmail em Joinville

A decisão do afastamento foi tomada porque o corpo jurídico da Câmara de Vereadores entendeu ser a melhor opção diante das últimas decisões da Justiça. O jornal “A Notícia” procurou João Carlos Gonçalves para falar sobre o afastamento, mas ele não respondeu até ontem.

Na sexta-feira passada, a 2ª Vara Criminal de Joinville aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra os participantes do núcleo 1, com envolvimento do fiscal da Secretaria de Meio Ambiente Júlio César da Silva e mais seis pessoas, acusadas de corrupção passiva pelo MP. A partir de agora, eles passam a ser réus. Com o recebimento, a ação passa a tramitar, não há nenhuma decisão ainda.

Uma das próximas etapas é a apresentação das defesas. Na decisão de sexta sobre o recebimento da denúncia do MP, a Justiça também manteve as quatro prisões preventivas que ainda restam da Operação Blackmail. O fiscal continua entre os detidos.

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