Na semana em que a Câmara de Joinville analisou pedidos do Ministério Público para apurar descumprimento de ações judiciais e no dia em que foi publicada entrevista em AN com a promotora Simone Schultz se queixou da omissão do município no setor, Udo Döhler concedeu entrevista à imprensa para prestar conta sobre sua ações na saúde.

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– Não há omissão na saúde – foi a frase usada com mais insistência pelo prefeito de Joinville e repetida pela secretária de Saúde, Francieli Schultz; e pelo procurador Eduardo Buzzi, presentes na coletiva.

O alicerce da argumentação de Udo continua sendo o gasto de 37% do repasse dos impostos com a saúde, enquanto o mínimo obrigatório é de 15%. Foram apontadas as ações para tentar o cumprimento das decisões que motivaram os pedidos do MP à Câmara. O procurador Buzzi alegou que nenhuma das ações elencadas pela promotoria foi encerrada na Justiça, em todas há chance de recurso.

– Há dificuldades pontuais, não omissão – repetiu.

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Mais recursos

A mobilização de nesta quarta do governo Udo é para tentar buscar reconhecimento do desempenho da administração. Mais uma vez, houve queixa em relação ao peso do custo do Hospital São José nas finanças da Prefeitura, assim como cobrança por mais repasses dos governos federal e estadual – o que dificilmente vai ocorrer.

Folha

A maior presença estadual e federal nos custos da saúde seria a forma de aliviar de Joinville, hoje uma Prefeitura cuja principal obrigação é pagar os salários. Outro ponto insistente da coletiva foi a alegação de que faltam quatro de 253 medicamentos, deficiência que será suprida.

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Encontro

Carlito Merss convidou os vereadores Manoel Bento e Lioilson Correa e aliados para almoço de discussão sobre o momento político, em especial a saúde. Pré-candidato a prefeito, Carlito quer unificar o discurso do PT.

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Greve

Na primeira tentativa, o Sindicato dos Servidores de Joinville não conseguiu derrubar a decisão que considerou a greve abusiva no Hospital São José. O Tribunal de Justiça também determinou que oficial de justiça verifique se a lotação de 100% dos funcionários nos serviços essenciais está sendo atendida. Depois disso, o Judiciário deverá se manifestar sobre a paralisação que chega ao 25º dia. A greve é motivada pelo corte na insalubridade.

“Não tinha fato”

Na tarde desta quarta, Udo não acreditava em instalação da CPI para investigar decisões judiciais na saúde porque não via “fato determinado”. “Mas gostaríamos que tivesse a comissão para esclarecer o que está sendo feito na saúde”, alegava

Governistas no comando

Pois é. Mas vai ter. Serão apuradas a falta de remédios em postos e as filas. A CPI foi instalada ontem pelos vereadores. Dois governistas, João Carlos e Jaime Evaristo, serão o presidente e o relator. Com isso, o governo Udo larga com vantagem na apuração – a oposição ia ficar no comando, mas foi derrotada. Foi a vitória do dia do Executivo.

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Inquérito civil

O MPF está apurando na região de Joinville se há consulta à Secretaria de Patrimônio da União sobre ligações de energia elétrica em terras de marinha e praias.

Futuro

Maycon César tem convites do PSDB. Mas não seria tão surpresa se fosse para o PSD. Por ora, ele diz que fica no PPS.

Futuro

Pastora Léia diz ter saído no meio da sessão da comissão processante. Mas para ir ao toalete: não conversou ao celular até porque os celulares ficam com a assessoria durante a sessão.

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Teve até ata

Os três vereadores assinaram uma ata providenciada pelo deputado Marco Tebaldi se comprometendo com a posição pró-comissão processante. Mas há também quem não ficou surpreso: a bancada votou a favor porque sabia que a comissão não teria os 13 votos necessários. Se foi isso, o risco foi alto demais.

Reviravolta

A posição dos três vereadores do PSDB a favor da comissão processante surpreendeu muita gente. Somente às 15h30 chegou a informação de apoio dos tucanos à apuração que levaria ao afastamento temporário do prefeito. Antes disso, a posição era contrária.

Arena

As propostas foram desclassificadas pela Prefeitura de Joinville e a licitação para a instalação das cadeiras na Arena foi considerada fracassada. É a segunda vez que a concorrência não é concluída – o primeiro edital foi lançado no final do ano passado, mas a empresa que apresentou proposta desistiu. Estão reservados R$ 6,5 milhões, repassados pelo governo federal, para a compra e instalação das 15,9 mil cadeiras, além de reformas sanitárias. Ainda em agosto, será lançado novo edital.

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Não é momento

O presidente do PSDB, Ivandro de Souza, diz que não é momento para aumento do número de vagas. Até agora, não foi apresentado nenhum projeto sugerindo alteração no número de cadeiras. Mas o dirigente acha que entrará em pauta para desviar o foco de outros assuntos, como a saúde pública.

Sem mais vagas

Fabio Dalonso quer o PSDB se posicionando sobre o número de vereadores em Joinville. A Câmara conta com 19 parlamentares e, pelo número de habitantes, poderia ter até 25. Dalonso não quer mudança, prefere que fiquem as 19 vagas, mas vai sugerir ao partido que discuta o tema.

Sugestões

Roberto Bisoni apareceu com uma sugestão curiosa ontem na Câmara de Joinville: cada vereador dar R$ 1 mil mensais da verba de representação para bancar a insalubridade dos servidores do Hospital São José ameaçados de perder o adicional. Adilson Mariano rebateu afirmando que a Prefeitura poderia pagar com parte do recurso da publicidade.

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