O criminalista Jader Marques, defensor do dono da boate Kiss, vai assumir a defesa do médico cirurgião Leandro Boldrini, pai de Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos.
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A contratação foi acertada nesta quinta-feira. Até o momento, era o advogado Andrigo Rebelato, primo de Boldrini, que vinha falando pela defesa do médico, que é suspeito de participação na morte do filho.
Boldrini, Graciele e a amiga do casal Edelvânia Wirganovicz são os principais suspeitos do sumiço e morte de Bernardo. Ele desapareceu em 4 de abril e o corpo foi achado enterrado na última segunda-feira, dia 14. Os três estão presos. Boldrini prestou depoimento à polícia na quarta-feira.
Jader é advogado de Elissandro Spohr, o Kiko, sócio da boate Kiss, que incendiou em janeiro de 2013, em Santa Maria, causando a morte de 242 pessoas. Ele fez pedido de acesso ao inquérito e à parte da investigação que já tramita na Justiça.
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Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.
De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.
Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.
Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini _ que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município _, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos.
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