No último domingo, dia 13, Leandro Boldrini, suspeito de assassinar o filho Bernardo Uglione Boldrini de 11 anos, ligou para a Rádio Farroupilha para avisar que o garoto estava desaparecido há uma semana. No áudio, Leandro não se refere a Bernardo como “filho” nenhuma vez, o chamando de “esse menino” quatro vezes na gravação de pouco mais de três minutos. No final da ligação, ele se identifica como pai do garoto.

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No áudio, Leandro conta que Bernardo saiu de casa na sexta-feira, dia 4 de abril, para ir a casa de um amigo e não chegou no local. Ele só teria percebido o desaparecimento do garoto no domingo, quando fez a ocorrência.

Leandro Boldrini, 38 anos, a companheira Graciele Ugolini, 32 anos, e Edelvânia Wirganovicz, 40 anos, foram presos nesta terça-feira por suspeitas de matar o garoto.

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O caso que chocou o Rio Grande do Sul

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, uma sexta-feira, em Três Passos, município do Noroeste. De acordo com o pai, o médico cirurgião Leandro Boldrini, 38 anos, ele teria ido à tarde para a cidade de Frederico Westphalen com a madrasta, Graciele Ugolini, 32 anos, para comprar uma TV.

De volta a Três Passos, o menino teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Como no domingo ele não retornou, o pai acionou a polícia. Boldrini chegou a contatar uma rádio local para anunciar o desaparecimento. Cartazes com fotos de Bernardo foram espalhados pela cidade, por Santa Maria e Passo Fundo.

Na noite de segunda-feira, dia 14, o corpo do menino foi encontrado no interior de Frederico Westphalen dentro de um saco plástico e enterrado às margens do Rio Mico, na localidade de Linha São Francisco, interior do município.

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Segundo a Polícia Civil, Bernardo foi dopado antes de ser morto com uma injeção letal no dia 4. Seu corpo foi velado em Santa Maria e sepultado na mesma cidade. No dia 14, foram presos o médico Leandro Boldrini _ que tem uma clínica particular em Três Passos e atua no hospital do município _, a madrasta e uma terceira pessoa, identificada como Edelvania Wirganovicz, 40 anos, que colaborou com a identificação do corpo. O casal aparentava uma vida dupla, segundo relatos de amigos e vizinhos.

ÁUDIO: pai de Bernardo chama filho de “esse menino”