Investigação da morte de Wesley Lopes em Araquari ocorre em segredo de justiça

Um exame de DNA apontou que a ossada encontrada no último mês de setembro, em Araquari, era do jovem Wesley Lopes, 25 anos, que estava desaparecido desde setembro de 2013. Com a confirmação e autorização da Justiça, familiares de Wesley puderam sepultar os restos mortais dele neste sábado.

A identificação não só permitiu a cerimônia como também confirmou as suspeitas de que o jovem havia sido assassinado – os ossos foram localizados numa região de mata fechada, próximo à Estrada Rio do Morro, sem o crânio da vítima.

O delegado responsável pelas investigações após o desaparecimento do jovem, Rodrigo Aquino Gomes, chegou a indiciar dois policiais militares por abuso de autoridade em abril do ano passado. Testemunhas disseram ter visto os dois PMs abordarem Wesley (ele tinha dificuldades de se comunicar) de forma truculenta antes de colocá-lo na caixa da viatura. O episódio coincidiu com o sumiço do rapaz, que não chegou a ser levado à delegacia.

As demais investigações do caso, diz o delegado, não podem ser reveladas porque estão sob segredo de justiça. Mas, conforme o titular da DP de Araquari, todas as informações apuradas já foram repassadas ao Poder Judiciário.

-O caso está judicializado. Todos os laudos já foram repassados diretamente ao Fórum – afirma.

A promotora titular da Promotoria de Justiça de Araquari, Fabiana Wagner, está de férias. Em contato com a reportagem, a assessoria da promotoria informou que o inquérito ainda não foi distribuído para a avaliação do Ministério Público.