Nada de emoção ou boas expectativas. Dia de jogo pelo Brasileirão para o torcedor catarinense virou dia de angústia. Criciúma, Chapecoense e Figueirense que orgulharam Santa Catarina ao final do ano de 2013 com a projeção de um Série A com três representantes catarinense, hoje mais preocupam do que dão motivos para sorrir.

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O ano de Copa do Mundo se desenha sem perspectivas de deixar saudades para os apaixonados por seus clubes. Os mais otimistas podem ainda argumentar que apenas quatro rodadas é cedo para projetar um Brasileirão desastroso para os catarinenses. Mas já foi tempo suficiente para Criciúma e Figueirense trocarem de treinadores. Novos comandantes e as mesmas práticas e erros por parte do Tigre e Alvinegro – aliás, as mudanças apenas incendiaram os bastidores dos clubes. A Chapecoense manteve Gilmar Dal Pozzo, mas também tropeça na competição – ainda assim, aquela que tem menos experiência na elite do futebol, se mostra mais equilibrada entre as três equipes que apenas caiem pelas tabelas.

Em quatro rodadas do Brasileirão mais ‘catarinense’ da era dos pontos corridos, o que se viu foram 11 jogos de atuações desoladoras. Festival de passes errados, pouca posse de bola e até descontrole emocional. Em 990 minutos, o torcedor catarinense comemorou apenas quatro gols e sofreu com outros 22. Vibrou com um vitória, é verdade, mas foi do Criciúma sobre Figueirense. E além dessa partida, que algum ponto um dos dois times somaria, Santa Catarina conquistou somente mais um empate. São quatro pontos em 36 disputados – 11,1% de aproveitamento. Até mesmo estados com uma equipe na elite, somaram mais pontos que os três catarinenses juntos. Caso de Goiás e Recife, que tem sete pontos cada.

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O próprio Campeonato Catarinense, que dada representação do Estado nos campeonato nacionais, seria o ‘melhor da história’, deixou a desejar no nível técnico e serviu para mostrar que não é referência para disputas da Séria A do Campeonato Brasileiro. Os tempos são de crise e as rodadas não serão menos complicadas.

Figueirense não marcou gols em quatro jogos e se mostra desorganizado. Criciúma sofreu goleada histórica e empilha más atuações. Chapecoense luta, mas não convence. Todos na zona de rebaixamento. Muros pichados, dirigentes contestados, protestos, reuniões e nomes especulados. Mas nada que de esperança de vitória e alegria ao torcedor catarinense.

Permanecer na Série A do Campeonato Brasileiro não é missão fácil. Desde 2003 e exceto o ano de 2004, pelo menos uma equipe que subiu à Série A, voltou para a B no ano seguinte. E por três vezes outro time caiu dois anos depois de conquistar o acesso – o Criciúma pode repetir isso neste ano como ocorreu em 2004, após subir em 2002.

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