Quatro imóveis, sendo três apartamentos e uma casa localizados nos Ingleses, em Florianópolis, estão entre os bens sequestrados pela Justiça a pedido da Polícia Federal (PF). As propriedades, avaliadas em mais de R$ 2 milhões, foram adquiridas supostamente por presos envolvidos com o tráfico internacional de drogas. A ação faz parte da Operação Decode e teve a prisão de uma mulher na Capital catarinense, na terça-feira.

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A quadrilha é de Caxias do Sul, na Serra gaúcha, e o principal chefe tinha coma base e esconderijo o norte da Ilha. A PF diz que em Florianópolis os criminosos cuidavam da compra de cocaína e de drogas sintéticas vindas do exterior e da distribuição dos entorpecentes para o Rio Grande do Sul.

De acordo com o delegado chefe da PF em Caxias do Sul (RS), Noerci da Silva Melo, o chefe do bando era Ariovaldo Bopsin, o Mulita, que fugiu da penitenciária industrial de Caxias em janeiro. O irmão dele, Antônio Bopsin, também foi preso.

Mulita foi preso no dia 7 de abril em Florianópolis numa operação das polícias Civil e Militar de SC e é suspeito de comandar o assalto a um hotel na Cachoeira do Bom Jesus em março, quando homens fortemente armados renderam funcionários e hóspedes.

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— Ele fugiu de Caxias e foi para Florianópolis, onde anos atrás já havia sido preso com 50 quilos de maconha. Para se capitalizar o grupo estava fazendo assaltos violentos — ressaltou o delegado.

Ariovaldo Bopsin, o Mulita, foi preso em abril deste ano em Florianópolis.
Ariovaldo Bopsin, o Mulita, foi preso em abril deste ano em Florianópolis. (Foto: Reprodução / Divulgação PC)

A PF informou que ao total sete imóveis da quadrilha foram sequestrados, quatro em Florianópolis e três em Caxias. O delegado afirma que há provas que os bens foram comprados com dinheiro ilícito do tráfico e acredita que a Justiça determinará o perdimento e o leilão dos imóveis ao final do processo. A reportagem não teve acesso aos presos nem aos seus advogados.