A Brigada Militar (BM) agirá em duas frentes na manifestação convocada para esta quinta-feira em Porto Alegre. Uma parte da tropa fará o acompanhamento do protesto na Praça da Matriz, fazendo um cerco em torno dos prédios dos três poderes ali localizados: Palácio Piratini (sede do Executivo), Palácio Farroupilha (sede do Legislativo) e Palácio da Justiça (antiga sede do Judiciário, hoje Corregedoria e Memorial).

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Algumas ruas ficarão abertas para que os manifestantes possam se dirigir para lá, mas outros trechos – como a parte da Duque de Caxias fronteiriça à sede do Executivo e também o trecho próximo ao Teatro São Pedro – serão fechadas ao trânsito.

Será tolerada manifestação, mas não vandalismo, avisa o coronel Silanus Mello, subcomandante-geral da BM. A grande preocupação do Estado-Maior da BM não é com os manifestantes, e sim com as gangues que têm se infiltrado nas passeatas.

O serviço reservado da BM e a Polícia Civil detectaram grande movimentação dos chamados “bondes” (gangues) que costumam atuar em vilas da Capital e se enfrentar. Muitos planejam aproveitar o deslocamento de PMs para acompanhamento da mobilização política e, no vácuo de policiamento, atacar lojas.

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Isso já aconteceu nas duas últimas manifestações, mas há perspectiva de que o número de quadrilheiros juvenis seja maior ainda hoje. A BM não informa quais providências tomou, mas garante que o policiamento de rua está atento e distribuído de acordo com essa expectativa.

Já o Batalhão de Choque e o 4º Regimento de Polícia Montada ficarão nas proximidades do local de protesto político. Parte do comércio planeja inclusive fechar as portas, por precaução.

A manifestação do Bloco de Lutas, composto em sua maioria por estudantes e sindicalistas simpáticos a partidos de esquerda, está marcada para as 18h na Praça da Matriz, região central da Capital.