Desde o último sábado, 29 de julho, quem procurou diretamente a emergência do Hospital Universitário (HU) da UFSC, em Florianópolis, deu com a cara na porta. Com todos os 13 leitos hospitalares ocupados, além das macas nos corredores e três salas de consultas que também acolhem os pacientes, o HU não tem capacidade para realizar o atendimento de “porta aberta” — aquele em que o cidadão procura diretamente ao hospital.

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De acordo com a superintendente Prof. Maria de Lourdes Rovaris, o HU segue realizando o atendimento emergencial apenas dos casos referenciados, que são aqueles encaminhados pelo Corpo de Bombeiros, SAMU e pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

— Nossa capacidade de observação e internação está esgotada. A única coisa que temos livre é uma maca de reanimação para emergências e algumas cadeiras de medicação — disse a superintendente.

A superlotação da emergência do HU não é novidade. Em fevereiro e em maio deste ano, o mesmo problema levou ao fechamento das portas. Segundo a direção do hospital, a superlotação decorre da baixa oferta de leitos e de certa confusão de parte da população, que vai direto ao HU quando deveria passar antes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nas UPAs.

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— Quando a gente reabre a emergência, rapidamente temos uma nova superlotação. Uma das formas de resolver o problema seria abrir uma unidade de clínica médica com cerca de 30 leitos, mas dependemos da liberação de vagas do concurso da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, entidade gestora do HU) — comentou Rovaris.

A superintendente do HU reconhece que a abertura desta unidade de clínica médica deve demorar, principalmente porque “a situação econômica e financeira do país está repercutindo em todos os níveis, e a questão de contratação de profissionais é uma dificuldade inerente ao momento”.

Resta à direção do HU esperar a melhora da saúde financeira do país. Enquanto isso, a cada troca de turno dos profissionais é feita uma reavaliação da ocupação da emergência para ver se é possível reabrir as portas para o atendimento direto à população.

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