
O silêncio na rua Arco-íris se quebrou neste sábado com as palavras de Vicente Brüning, filho da idosa assassinada aos 87 anos após um assalto no bairro Iririú, em Joinville. Maria Schlickmann Brüning não resistiu às agressões sofridas no dia 19 de abril e morreu por causa de uma embolia arterial provocada pelos golpes.
Continua depois da publicidade
Leia as últimas notícias de Joinville e região em AN.com.br
Joinville registra um assassinato a cada dois dias em 2017
Em cima de um caminhão, ele desabafou e pediu por mais segurança, ouvido por cerca de cem pessoas, entre parentes, vizinhos e conhecidos de dona Maria.

O grupo se reuniu na frente da casa dela, onde o suspeito a agrediu e roubou um celular e cerca de R$ 600, para garantir que dona Maria não seja esquecida, além de pedir mais segurança para a região. O clima era de tristeza e revolta.
Continua depois da publicidade
— Desde que enterrei minha mãe no sábado, não parei em casa. Estou fazendo de tudo para que encontrem o culpado —, desabafou Vicente.
O assaltante invadiu a casa da idosa após cortar o vidro de uma das janelas da residência com uma faca. Ele conta que dona Maria dormia quando tudo aconteceu. Ela acordou com o barulho e resolveu ir ao banheiro do quarto em que estava. Ao retornar, estranhou que a porta estivesse aberta, já que ela sempre a mantinha trancada. Foi aí que ela encontrou o homem e começaram as agressões. Depois de derrubar Maria, o homem desferiu chutes contra a vítima e tentou enforcá-la enquanto ainda estava caída.
A mãe de Vicente, mesmo ferida, conseguiu telefonar para o filho depois que o bandido fugiu, e contou com detalhes tudo o que aconteceu. Depois disso, sentiu fortes dores de cabeça e foi levada ao hospital.
– Eu ainda lembro as últimas palavras dela na UTI: ¿Filho, você vai me deixar aqui sozinha?¿
Neste sábado também ocorreu um grupo de oração na casa de dona Maria, que era participante assídua e conhecida dos vizinhos. Antes disso, se reuniram para o protesto.
Continua depois da publicidade
— Que a morte da minha mãe não seja em vão. Que sirva para salvar outras vidas —, disse Vicente.
Com medo, moradores criaram um grupo no aplicativo Whatsapp para unir os vizinhos e trocar informações, com intuito de evitar roubos.
— Queremos que a justiça seja feita e que os criminosos não fiquem impunes. Temos que nos ajudar – completa.