A rua Rodolfo Schoene está de luto desde o dia 31 de maio, quando o morador Augustinho Martins, 40 anos, foi morto a tiros dentro de casa, em Joinville. O crime ocorreu no bairro Boehmerwald. Neste sábado pela manhã, vizinhos e parentes se organizaram e realizaram uma manifestação pacífica, na esquina entre as ruas Paulo Schroeder e Boehmerwald.
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Vestidos de preto, pediam por mais segurança no bairro, além de Justiça para o crime contra Augustinho. Cerca de 50 pessoas participaram do protesto, que começou por volta das 9h30 e se estendeu até as 11 horas. Muito abalada, a esposa de Augustinho não quis falar com a imprensa.
Estavam presentes na manifestação os vizinhos que socorreram o homem logo após o crime. Todos estão com medo de que os criminosos possam voltar.
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— A rua toda pede por mais segurança. Ele era uma pessoa que não merecia morrer desse jeito —, lamentou Celoir Parolin Soares, uma das idealizadoras do protesto.
Uma das vizinhas, que não quis se identificar, chegou a ver os assaltantes.
— Eles estavam encapuzados e saíram correndo. Depois ouvimos o pedido de ajuda da mulher do Augusto. Ele morreu nos braços do nosso vizinho —, emociona-se.
Segundo a Polícia Civil, o caso está sendo investigado e até o momento nenhum suspeito responsável pelo crime foi preso.
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O crime
Augustinho Martins se preparava para sair para o trabalho quando um assaltante entrou no imóvel pela porta da sala.
De acordo com a cunhada, que não quis se identificar, Augusto — como era conhecido pelos familiares — jogava videogame na companhia da esposa e aguardava dar o horário para sair para a labuta. Neste momento, Augustinho foi abrir a porta da sala e foi um surpreendido por um homem armado. Ainda conforme a cunhada, a tentativa de roubo foi muito rápida e ela acredita que as ações tenham ocorrido por impulso.
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— O Augusto se assustou com ele entrando, ele não ia reagir ao assalto, mas no sobressalto acabou empurrando o homem. Então, o suspeito atirou uma vez contra o meu cunhado na altura do peito, e ele morreu ali mesmo — lamentou.
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Do lado de fora da residência, um segundo homem aguardava. De acordo com uma vizinha, que não quis ter a identidade revelada, os suspeitos fugiram a pé ao longo da rua. Para ela, o bairro já teve épocas de calmaria. Entretanto, ela observa que, nos últimos anos, assaltos e consumo de droga são cenas frequentes na redondeza.
— Eu cheguei e escutava só os gritos de socorro, não conseguimos salvar ele. Tudo isso é muito triste — afirmou.
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A vítima era conferente de cargas em uma empresa de tubos na cidade. Ele trabalhava no período da noite e tinha o hábito de ficar com a esposa jogando antes de sair.
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