Há mais de cinco meses sem proteção tecnológica contra ligações por meio de telefones celulares dentro da unidade, o Presídio Regional de Joinville deverá contar com um aparelho bloqueador de sinal definitivamente. A expectativa é de que a tomada de preços seja lançada no início de agosto e a empresa vencedora possa ser anunciada em 45 dias.
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Após lançar e concluir um processo de licitação para contratar o serviço por locação em quatro unidades prisionais de SC, o Estado voltou atrás e decidiu comprar um aparelho próprio para Joinville.
Isto porque a última licitação foi suspensa após manifestação do Ministério Público (MP) da Capital, que apontou indícios de direcionamento no processo, com a seleção da mesma empresa vencedora de uma concorrência anterior. O MP alertou que ajuizaria uma ação caso o contrato fosse levado adiante.
Dessa forma, a Secretaria de Justiça e Cidadania interrompeu o contrato. O secretário da pasta, Sady Beck Júnior, diz que a tendência é que a licitação anterior seja revogada, anulando também as contratações previstas para as prisões de Florianópolis, Palhoça e Criciúma. Em Joinville, a certeza é de que se buscará o aparelho na modalidade de compra.
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– O MP é o fiscal da lei. Na pior das hipóteses, se estivermos cometendo uma injustiça, a empresa que havia vencido poderá formalizar seus questionamentos à Justiça – afirma Sady.
Caberá à Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville providenciar a compra do equipamento. Conforme a titular da SDR, Simone Schramm, o recurso já está garantido e virá das verbas geradas a partir do trabalho dos próprios presos.
– Contamos com recursos do Fundo Carcerário e já existe um aparelho bloqueador em funcionamento na Penitenciária Industrial (ao lado do presídio) sem necessidade de manutenção. Por isso, tivemos o entendimento de fazer a aquisição definitiva também para o presídio – justifica Simone.
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Enquanto não tem um sistema bloqueador de sinal de celular, o Presídio de Joinville fica vulnerável ao uso de aparelhos entre os presos.
Entre outubro de 2012 e fevereiro deste ano, o presídio teve um bloqueador de sinal locado. O aluguel do aparelho era R$ 74 mil mensais e o Estado foi alvo de questionamentos na Justiça.
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