Policiais civis e governo estadual ainda não entraram em acordo sobre as principais reivindicações da categoria, mas as negociações estão avançando.
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Alguns valores no aumento salarial e prazos para reajustes estão emperrando o fim da greve geral que começou nesta segunda-feira em Santa Catarina.
Agentes, escrivães e psicólogos policiais continuam paralisados e apenas 30% do efetivo segue atendendo casos de emergência.
A última reunião entre policiais civis e governo estadual, nesta segunda à noite, na Secretaria da Fazenda, teve como base a última proposta do governo, divulgada nesta tarde.
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A remuneração média mínima passaria de R$ 2.983 para R$4.520 e o teto seria de R$11.965 contra os atuais R$8.200. Os aumentos seriam concedidos gradualmente até dezembro de 2015.
O secretário da Fazenda Antonio Gavazzoni informou que a oferta foi melhorada, pois além do reajuste o governo acenou com a compactação dos três primeiros níveis, dentre oito, em 2016. Isso significa que, em 2016, o menor salário da categoria seria de R$ 6.647,61.
– Nós respeitamos a greve, mas a consideramos injusta porque a proposta é boa – observou Gavazzoni, que garantiu que a oferta é definitiva.
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O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol-SC), Anderson Amorim, disse que a categoria discorda de alguns termos como o valor inicial e o final.
Para o Sinpol-SC, o salário inicial deve ter um acréscimo de R$ 500 e o final, um aumento de cerca de R$ 2.500 a mais do que o proposto. Amorim considerou boa a proposta de compactação, mas disse que a categoria quer quatro níveis em vez de cinco, como acenou o governo.
Quanto ao prazo do governo até final de 2015 para os reajustes, a categoria considerou longo e quer até final de 2014.
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– Estamos caminhando para um entendimento e aguardamos a contra-proposta. Por enquanto, a greve continua – afirmou Amorim.
A operação padrão está descartada pelo Sinpol-SC, de acordo com Amorim. Este tipo de operação consiste em intensificar os trabalhos de blitze, vistorias em empresas e bares, além do cumprimento de mandados de prisão em aberto, que normalmente demorariam para serem efetuados.
O Sinpol-SC calcula uma adesão de cerca de 90% em todas as regiões do Estado, algo em torno de 2.500 policiais, incluindo os não sindicalizados.
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A greve geral continua com 30% do efetivo trabalhando somente em casos de emergência. Só estão sendo registradas ocorrências como homicídio, tentativa de homicídio, suicídio, latrocínio, sequestro e cárcere privado, estupro, desaparecimento de pessoa, furto/roubo de veículo, e recuperação de veículo furtado/roubado.
Para demais atendimentos, a população deve acessar a Delegacia Eletrônica, no site: www.pc.sc.gov.br.
Serviços em órgãos de trânsito como Detran estão suspensos caso o atendimento seja feito por policiais civis, assim como emissão de carteiras de identidade.
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