A greve de policiais civis em Santa Catarina pegou joinvilenses de surpresa na manhã desta segunda-feira. Quem procurou serviços como emissão de carteira de motorista, documento de identidade ou inspeção veicular na Ciretran, no bairro América, pela manhã, encontrou as portas fechadas, cartazes e servidores paralisados.
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-Acho que deveriam respeitar os 30% de atendimento previsto em lei para os casos de greve. Preciso pegar os documentos do carro-, diz a educadora Liege Henzen, 35, que não sabia da paralisação dos serviços.
-Podem fazer greve, mas não prejudicar os usuários, na minha opinião. Preciso renovar a carteira de motorista e não sei quando vou conseguir-, diz a aposentada Elisabeth Klitzke, de 55 anos.
Algumas pessoas conversaram com policiais e saíram revoltadas com a situação. Outras disseram compreender a greve, como o aposentado Amauri Patrício, de 67 anos.
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-Os documentos do meu carro vencem dia 30. Vim renovar. Mas se estão em greve, é um direito deles. Acredito que é uma luta para melhorar o serviço à população-, afirma.
Reivindicações
O representante do Sindicato da Polícia Civil na região Norte, Claudio Medeiros, diz que a greve é por reajuste salarial e também por melhores condições de trabalho, com aumento do efetivo. Na Ciretran, servidores reclamavam que o que mantém a maior parte dos serviços funcionando atualmente são estagiários.
A greve segue por tempo indeterminado e afeta serviços da Ciretran e registros de boletim de ocorrência nas delegacias de área. Funcionam normalmente os registros de crimes contra a vida e furto ou roubo de veículos, além dos atendimentos especializados da Delegacia da Mulher, Criança e Adolescente e da Delegacia de Trânsito.
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