Onze dias depois da chuva que deixou Mafra, no Norte de Santa Catarina, em situação de emergência, a população continua sofrendo com os problemas causados pela enchente.

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O nível do rio Negro, que chegou a atingir 13,62 metros, ainda não voltou a normal. Na manhã desta quinta-feira, quando o governador Raimundo Colombo visitou o munícipio, as águas do rio estavam com 6,73 metros.

Cerca de 6% dos moradores de Mafra foram atingidos pela cheia, sendo que 703 pessoas ficaram desabrigadas e 2.562 desalojadas.

Diante deste cenário, o governador ressaltou, em entrevista à RBS TV, que a primeira ação é o atendimento humanitário – que já está sendo realizado -, para, em seguida, eliminar as barreiras para restaurar a normalidade da cidade. A terceira e, principal etapa, é a reconstrução da cidade.

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Irineópolis registra ao menos 86 famílias desabrigadas.

Foto: Divulgação/Governo de SC

Colombo explicou que toda a documentação necessária para a liberação de recursos já está sendo providenciada e oficializada. Parte da verba virá dos cofres estaduais e o restante do Governo Federal.

– Em Mafra, é necessário fazer a recuperação imediata da Apae, postos de saúde e escolas. Vamos a Brasília liberar recursos para a prefeitura, que serão usados em máquinas e para ajudar as pessoas a voltarem para suas casas – destacou Colombo.

Além dos momentos de agonia a tensão vividos pelos moradores de Mafra por causa da enchente, as cheias também causaram sérios danos para a cidade. Levantamento da Prefeitura constatou prejuízo de R$ 20.260.386 em instituições públicas.

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O saldo do desastre foi: 30 unidades habitacionais destruída e 785 danificadas, nove escolas, uma unidade saúde, oito instalações municipais de serviço e uso comunitário. Já os prejuízos econômicos privados chegam a R$ 22.386.891.

– A água do rio Negro começou a baixar recentemente e agora que aparecem as necessidades. Eu acredito que até o início da semana que vem saberemos o que deve ser realizado para reconstrução de Mafra. Os engenheiros e técnicos estão fazendo uma análise e levantamento dos estragos – disse o secretário da Defesa Civil do estado, Rodrigo Moratelli, em entrevista à RBS TV.

Ainda na manhã desta quinta-feira, o governador também sobrevoou Canoinhas e esteve em Três Barras, no Planalto Norte do Estado, onde 2,8 mil pessoas ficaram desabrigadas. Em Irineópolis, cidade que também foi visitada, 86 famílias precisaram deixar suas casas.

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Já em Porto União, na divisa com o Paraná – uma das cidades mais afetadas, segundo o governador -, os prejuízos estimados são de R$ 15 milhões. Cerca de 6 mil pessoas foram atingidas, sendo 2.508 desalojadas. Na cidade, 1,2 mil residências e 62 estabelecimentos comerciais sofreram danos.

Em Porto União, cerca de 6 mil pessoas foram atingidas. Foto: Divulgação/Governo de SC

Nesta quarta-feira, o governador ainda esteve em Guaramirim para avaliar os prejuízos e acompanhar os trabalhos.

Colombo disse que a chuva que atingiu o Norte de Santa Catarina foi atípica e muito concentrada, com um impacto muito forte e prejuízos elevados, principalmente na malha viária, empresas e casas.

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– Temos toda uma operação em andamento para atender as necessidades da população – prometeu o governador.

O secretário de Defesa Civil do Estado falou que um plano de trabalho no valor de R$ 5,5 milhões já foi encaminhado ao Governo do Estado para ações de limpeza das cidades atingidas pelas cheias e desobstrução de vias para reestabelecer o dia a dia do município.