A menos de um mês para os Jogos Pan-Americanos, marcados para os dias 10 a 26 de julho, a Grande Florianópolis recebe na noite desta segunda-feira alguns dos melhores judocas do país para o Super Desafio Bra de Judô.
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Dentre os cinco integrantes da seleção que enfrentarão os melhores atletas da Colômbia na Arena Multiuso de São José, dois estão convocados para o Pan de Toronto: a gaúcha Maria Portela (-70kg) e o paulista Alex Pombo (-73kg), melhores brasileiros no ranking mundial de suas categorias.
A competição amistosa desta noite será o último teste de ambos antes dos Jogos, que, por sua vez, servem como um dos mais altos degraus rumo à sonhada Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016 – apesar de não dar vaga direta às Olimpíadas, o Pan ajuda o atleta a se posicionar melhor no ranking, que é o critério de convocação.
Para agarrar a medalha
Maria Portela, 27 anos, que chegou a treinar por um ano em Florianópolis, é a mais experiente do grupo. No currículo, conta com uma medalha de bronze no Pan de Guadalajara, em 2011, e uma participação olímpica, em Londres-2012 – quando foi eliminada na primeira luta, justamente por uma judoca colombiana. Ela conta com o apoio dos amigos e da torcida para quebrar esta sina e chegar ainda mais confiante no Canadá. Confira a entrevista com a judoca:
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Qual a importância deste desafio em São José na preparação para o Pan de Toronto?
Como é contra a Colômbia, é uma prévia, porque a gente pode cruzar com eles no Pan. É bom para ver como está a tática programada para minhas adversárias. Saio daqui direto para a concentração em Mangaratiba (RJ). Esse ano está sendo muito bom, o treinamento está bem direcionado e todas as competições que participei disputei medalhas. Ganhei bronze no Campeonato Pan-Americano em maio, no Canadá, e as adversárias serão praticamente as mesmas.
O que ficou de aprendizado de sua experiência em Jogos?
Disputei os Jogos de 2011 em Guadalajara e acabei ficando com o bronze. É uma experiência muito boa porque é bem parecida com a Olimpíada. A gente fica em uma vila, tem outras modalidades perto, um grupo grande de atletas, bastante mídia, estrutura, então já é uma preparação para os Jogos Olímpicos. Em Londres, em 2012, infelizmente perdi, agora estou treinando bastante e tentando evoluir. Meu objetivo é estar na Rio-2016 e conseguir uma medalha.
Qual a projeção do judô brasileiro para a Olimpíada?
A gente tem bons atletas. A confederação está fazendo um trabalho muito bom porque está direcionando recursos para cada atleta. Estamos no caminho para conquistar mais medalhas do que em Londres, vamos lutar em casa. A força da família, da torcida, vai fazer uma diferença enorme.
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Está acostumada a lutar por aqui?
Morei um ano em Florianópolis e depois fui para São Paulo, agora voltei para Porto Alegre. Foi bem no início da minha carreira, treinei no Instituto de Educação com o Carlos Rocha. É um lugar que gosto bastante, tenho muitos amigos e quando posso vou para passear.
Como você vê o Estado no cenário nacional do judô?
Santa Catarina ficou meio apagada durante um tempo. Não é uma escola tradicional, mas tem revelado alguns atletas,que voltaram a lutar o Grand Prix, uma competição muito forte nacionalmente, e São José classificou a equipe. O trabalho tem que seguir para revelar mais atletas.
Últimos acertos antes da estreia
Já paulista Alex Pombo, 26 anos, fará a sua estreia em Pan. Ouro no Campeonato Pan-Americano em abril e no Troféu Brasil no fim de semana passado, o atleta do Minas Tênis Clube só precisa de mais um bom desempenho no Super Desafio Bra para fechar a preparação para o Canadá com chave de ouro.
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Às vésperas de seu primeiro Pan, o Super Desafio Bra é um momento de se preservar ou lutar para valer?
Não dá para lutar se preservando. Vou entrar com força total para representar da melhor forma possível a seleção e o Brasil. Essa competição é importante para me manter competindo e bem preparado para chegar com tudo no Pan de Toronto.
Já conhecia a região?
Em São José é a primeira vez que venho, mas já competi em outras cidades de Santa Catarina. Estou muito focado no desafio e no Pan, mas se tiver um tempo vou aproveitar e conhecer a cidade.
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Quais são suas expectativas para a estreia nos Jogos Pan-Americanos?
São as melhores. Vindo de bons resultados estou mais confiante. Conheço bem meus adversários, lutei os dois últimos Campeonatos Pan-Americanos, a maior dificuldade deve ser contra Cuba, EUA e Canadá. Como é meu primeiro Pan, estou muito animado. É uma competição que representa muito, pois boa parte dos atletas vai estar nos Jogos Olímpicos. Sem contar que tem a vila para os atletas e isso nos faz sentir um gosto especial, é marcante na carreira.
Vencer em Toronto pode projetá-lo para a Olimpíada?
Ter um bom resultado nos Jogos Pan-Americanos no Canadá será muito importante para minha carreira e, consequentemente, será como subir um degrau para os Jogos Olímpicos. O Pan também serve para corrigir erros e me adaptar da melhor forma para a Rio-2016.
Super Desafio Bra de Judô
Horário: 18h
Local: Arena Multiuso, em São José
Entrada: gratuita
Forma de disputa: cada atleta do Brasil encara um atleta da Colômbia de sua categoria, no total de cinco lutas. Cada vitória vale um ponto para o país vencedor. O país que somar três ou mais pontos é o campeão
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Lutas:
Peso Ligeiro (60kg) – Eric Takabatake (BRA) x John Futtinico (COL)
Peso Leve (57kg) – Tamires Crude (BRA) x Yadinis Amaris (COL)
Peso Leve (73kg) – Alex Pombo (BRA) x Christopher Franco (COL)
Peso Médio (70kg) – Maria Portela (BRA) x Diana Velasco (COL)
Peso Médio (90kg) – Eduardo Bettoni (BRA) x Pedro Castro (COL)