Oss. Assim é a saudação tradicional no caratê, que quando trocada entre lutadores significa respeito recíproco.
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Pois os catarinenses podem dar um “oss” sincero para Douglas Brose, radicado em SC e que é considerado o melhor carateca brasileiro de todos os tempos.
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Respeitado internacionalmente (ministra cursos inclusive no Japão, berço das artes marciais), em menos de um mês a fera dos tatames estará representando o Brasil nos Jogos Pan-Americanos.
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Nascido gaúcho, o atleta escolheu Santa Catarina como base para seu desenvolvimento. Ele mora em Florianópolis com a mulher Lucélia Ribeiro, técnica da Seleção feminina de caratê.
Seu mais recente feito foi a medalha de ouro, em São Paulo, na 4ª etapa da Liga Mundial.
Douglas é incansável. Além de acumular títulos mundiais, ministra cursos e palestras e é empresário com negócio na área esportiva de lutas.
Ele visitou a redação do DC para um bate-papo sobre o excelente momento competitivo, expectativa de medalha e sobre a modalidade que luta para ser incluída como esporte olímpico.
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A conversa com diversos atletas de destaque vai sempre ao ar no quadro DC Esportes, todas as quartas-feiras, a partir das 18h30min, no TVCOM Esportes.
Veja a luta que deu o último ouro a Douglas Brose, em São Paulo, pela Liga Mundial:
Para quem não conseguiu ver ai esta minha final da Karate1 Premier League Brasil. Vídeo da World Karate FederationOss #BroseTeam #KarateIntoTheOlympics #douglasbrose #worldchampion #karate #karatedo #wkf #kumite #worldkaratechampionship #arawaza #arawazabrasil #Brasil #Floripa #esporte #NovoNAR #karateintotheolympics #WorldGames #timebrasil #COI #COB #CBK #Oss
Posted by Douglas Brose on Quarta, 10 de junho de 2015
Abaixo, um pouco do bate-papo com Brose:
Diário Catarinense – O Caratê é marcado pela humildade. Dá para deixar esta característica de lado e nos dizer como é ser o melhor lutador brasileiro da modalidade de todos os tempos?
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– Me sinto lisonjeado, sou reconhecido assim por conta dos meus resultados. O Brasil tinha poucas grandes conquistas em nível mundial, e comigo são duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze nos últimos anos e isso é inédito. Para se ter uma ideia, em 2008, quando conquistei o bronze no Mundial, foi quebrado um jejum de 10 anos sem medalhas para o Brasil. Mas é importante que tudo que consegui tem muito do aprendizado com grandes caratecas brasileiros.
DC – Você conseguiu reconhecimento inclusive num dos berços mundiais das artes marciais, o Japão…
– É verdade, foi no ano passado que ministrei no Japão um seminário. O Japão vem modificando muito a sua cultura, eram adeptos de uma visão mais tradicional e agora este braço desportivo da modalidade ganha força, eles já estão ocupando um espaço importante com grandes competidores. Já tenho agendadas novas visitas e isso é uma grande honra, um brasileiro, um representante de Santa Catarina, compartilhar conhecimento na terra onde tudo começou, é incrível.
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DC – O caratê, como outras modalidades de luta, é arte marcial, seu braço competitivo tem dificuldade de se adaptar às normas olímpicas porque os puristas não aceitam a competição dentro da filosofia. Como são as características competitivas do caratê?
Trata-se de uma arte milenar japonesa, e todas as características e conhecimentos embasam o braço competitivo. Como toda disputa, existem regras: um dos critérios para marcação de pontos é uso correto da técnica, atingir o adversário no tempo exato e na distância ideal com a maior precisão possível. Ou seja, aplicar um golpe que poderia causar o maior efeito, mas sem lesionar o adversário, demonstrando controle dos movimentos. Vale ressaltar que, se a arbitragem detectar uma má intenção de um atleta, pode retirar pontos. Inclusive o nocaute desclassifica o causador, a menos que o nocauteado tenha dado causa por excesso de exposição. Portanto, essa é uma diferença de outras artes marciais em que o nocaute conta a favor, na nossa prevalece uma das filosofias do caratê que é conter o espírito de agressão.
DC – E agora é o Pan-Americano, competição muito importante para você, já que o caratê ainda luta para ser modalidade olímpica e não foi aprovado ainda para participar do Rio 2016.
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O Pan-Americano será nossa Olimpíada. Nosso país terá oportunidade de torcer para os atletas brasileiros no atletismo, vôlei, enfim todas as modalidades individuais e coletivas e, claro, pela nossa Seleção Brasileira de caratê. É uma energia muito positiva, temos chances reais de medalha, a preparação foi muito intensa, chegou a hora de tentar representar bem nosso país.