Mais de 1,8 mil pessoas prestigiaram a palestra do ex-ministro Joaquim Barbosa nesta quarta-feira, no Siso?s Hall, em Criciúma, Sul do Estado. Um dos temas centrais foi ética – questão que Barbosa sempre apontou como atual.

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– Desde Maquiavel, alguns sugerem disparidade entre a ética política e a ética do cidadão comum. Maquiavel descreveu um modelo de governo que não existia na sua época, um tipo de legitimidade baseada na ação do governante. Na atualidade os governantes agem com o consentimento implícito das pessoas ao serem eleitos – disse o ex-ministro.

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Segundo Barbosa, o agente político tem uma expectativa enorme quanto à própria privacidade, mas sua gama de ações deve ser limitada para evitar desvios e outras ações como o nepotismo, patrimonialismo e ação em benefício de grupos específicos, como doadores de campanhas políticas.

– A confusão entre o privado e o público está encrustada no psíquico do brasileiro. Dizer que o brasileiro tolera o roubo mais fácil soa caricatural. Faz parte da ética bem personalística de uma certa casta apegada ao poder – disse.

Barbosa ganhou fama por ser o relator do caso do Mensalão. Enquanto colecionava polêmicas na corte, fora dela sua imagem como herói crescia. Chegou a ser comparado com o Batman, super-herói das histórias em quadrinhos.

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Foi o primeiro ministro negro nomeado para o tribunal e também o primeiro a assumir a presidência do STF. Ficou 11 anos como ministro.