Florianópolis foi a Capital brasileira com o segundo maior aumento no número de assassinatos com armas de fogo em 2014. Em relação a 2013, o crescimento foi de 40,5%. Os dados são do Mapa da Violência divulgado nesta quinta-feira. A cidade catarinense ficou atrás apenas de Macapá (AM), que subiu 62%. Mesmo assim, o índice de Florianópolis é o maior do Sul do país, acima de Porto Alegre e Curitiba. Em 2014, 52 foram mortas a tiros na Capital catarinense contra 37 do ano anterior.
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Santa Catarina se destaque em ranking, mas tem aumento nos assassinatos
Se for analisada a taxa por 100 mil habitantes, Florianópolis teve queda de 26%. No entanto, esse dado leva em conta também o crescimento populacional da cidade e não os números de mortes.
Assassinatos disparam em Florianópolis em 2016
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O mesmo aumento de homicídios com arma de fogo ocorreu nos dados de Santa Catarina como um todo. Mas o índice foi menor, de 13,7%. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou via assessoria de imprensa que isso pode estar ligado à onda de atentados ocorrida no Estado em 2014.
Por outro lado, em 2016 o número de assassinatos na Capital continuou aumentando. Reportagem do Diário Catarinense em 1º de junho mostrou que nos primeiros cinco meses do ano, o índice cresceu 166%. À época, as polícias Civil e Militar creditaram a mudança de cenário à crise econômica. O tenente-coronel Alessandro Marques, subchefe de comunicação da PM, atribuiu o fato à recessão econômica em progressão que elevou o nível de desemprego. Outro ponto destacado por ele foram as disputas territoriais e acertos de contas.
O pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz explica que o cenário dos aumentos em Florianópolis e Santa Catarina mostram oscilações e não apresentam uma tendência. Segundo ele, essas mudanças não têm explicação definida:
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— Provavelmente vai acontecer nos próximos anos um aumento por conta da crise econômica. Procuramos regularidade e não exceções.
Waiselfisz ressalta que o atual cenário aponta para um crescimento na criminalidade nos próximos levantamentos por conta da crise econômica. Ele diz que “se espera que toda essa situação a nível nacional incentive o índice de violência”.